MADRID 9 maio (EUROPA PRESS) -
Em parques, jardins e até mesmo nas calçadas urbanas, soprar um dente-de-leão tornou-se um gesto quase instintivo, associado a brincadeiras ou desejos infantis. No entanto, esse ato envolve um processo biológico fascinante que está diretamente ligado à sobrevivência da espécie.
Esse contexto é explicado pela conta do TikTok @nexonatura, um projeto de divulgação ambiental que combina rigor científico com uma abordagem clara e educativa. Por meio de vídeos curtos e didáticos, eles mostram curiosidades sobre o ambiente natural, como esta. Eles também têm um site onde expandem seu conteúdo para aqueles que desejam entender melhor a biodiversidade e sua conservação.
FASES DO DENTE-DE-LEÃO
O conhecido dente-de-leão é aquela esfera branca formada por uma penugem. Mas antes de chegar a esse formato, ele passa por uma fase de floração. Durante esse estágio, uma flor amarela, chamada lígula, aparece na primavera e no verão.
Essa flor pertence à família das compostas, como as margaridas, e é classificada como uma inflorescência capitada, ou seja, tem uma estrutura em que várias flores minúsculas são agrupadas e parecem uma única flor. Cada uma de suas pétalas representa, na verdade, uma flor individual, hermafrodita e capaz de gerar uma única semente.
Durante o amadurecimento, a inflorescência se fecha para proteger o fruto em desenvolvimento. Posteriormente, a planta se transforma na esfera branca característica composta de vilanos: filamentos ou fios com um tufo de pelos que permitem que a semente voe, impulsionada pelo vento.
O QUE ACONTECE SE VOCÊ SOPRAR EM UM DENTE-DE-LEÃO?
Soprar um dente-de-leão ativa o mecanismo de dispersão da semente. Cada um desses filamentos brancos carrega uma semente alada, evolutivamente projetada para se mover e colonizar novos espaços. O vento é seu principal aliado, mas a intervenção humana, ainda que inconsciente, também desempenha esse papel. "Quando sopramos um dente-de-leão, o que estamos fazendo é ajudar suas sementes a chegarem mais longe", diz @nexonatura.
OUTROS BENEFÍCIOS
Além de sua biologia peculiar, o dente-de-leão oferece vários benefícios. Erroneamente considerado uma erva daninha, ele tem sido usado há séculos na medicina tradicional por suas propriedades diuréticas, digestivas e antibacterianas.
Suas folhas amargas são consumidas em saladas e seu látex, extraído do caule oco, tem sido aplicado para tratar bolhas e verrugas.
O dente-de-leão se destaca por sua capacidade de se adaptar a ambientes urbanos e rurais, mas também é um exemplo perfeito de como uma planta esconde uma estratégia de reprodução complexa e eficiente.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático