A Europa pede a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis, enquanto a China aprovaria as minutas da COP30 como estão, diz o Greenpeace
MADRID, 21 nov. (EUROPA PRESS TELEVISION) -
A Cúpula do Clima em Belém (Brasil) está enfrentando suas últimas horas sem acordos claros, com rascunhos de textos finais que foram criticados por países e organizações ambientais, enquanto dezenas de países pedem para não encerrar a reunião internacional sem especificar um roteiro para abandonar os combustíveis fósseis.
"Preferimos um final bastante longo para a COP, que se as negociações tiverem que durar até amanhã, bem, que não haja pressão de nenhum tipo, que levem tempo suficiente para chegar a acordos fortes que estejam à altura das circunstâncias, é disso que precisamos", disse Eva Saldaña, diretora executiva do Greenpeace Espanha e Portugal, em declarações à Europa Press.
O dia começou com a publicação pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de uma série de rascunhos que refletem o resultado das negociações da COP30. Das 10h00 de Belém (14h00 horário peninsular) até às 14h20 de Belém (18h20 horário peninsular), a presidência brasileira do evento realizou uma sessão plenária "informal" com os países para atualizá-los sobre o estado das negociações.
As minutas foram amplamente criticadas por organizações ambientais e vários países, incluindo a Espanha, por sua falta de "ambição". De fato, a Espanha foi um dos países que enviou uma carta à presidência brasileira por não cumprir com as "condições mínimas exigidas". De acordo com Saldaña, o número de nações que aderiram à carta subiu para 40.
A presidência disse que convocaria plenárias de encerramento para tomar decisões finais sobre as minutas "durante a tarde". De acordo com Saldaña, nas negociações, "a maioria dos blocos europeus tem a transição dos combustíveis fósseis como prioridade", ao contrário de países como a China, que aprovariam as minutas atuais da forma como estão.
A Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Brasil, Marina Silva, disse que às 17:00 horas de Belém (21:00 horas na Espanha) haverá uma reunião com a presidência brasileira na qual "um grupo múltiplo" informará a organização sobre o que foi acordado nas negociações que serão realizadas até então, de acordo com fontes do Ministério da Transição Ecológica e do Desafio Demográfico. Entre eles está o roteiro para o abandono dos combustíveis fósseis. "A partir daí, teremos que elaborar um texto de entendimento", disse ele.
ESPECIFICANDO QUANDO OCORRERÁ O ABANDONO DO PETRÓLEO
De acordo com o procedimento usual, a presidência brasileira deve agora convocar uma plenária final na qual todos os países se sentam juntos e analisam o último rascunho do texto final da Cúpula, que refletiria todos os acordos alcançados nas últimas duas semanas. A esse respeito, Saldaña espera que esta Cúpula do Clima siga a tendência de reuniões internacionais anteriores em que as negociações foram estendidas para além do dia de encerramento.
Hoje, dezenas de países fizeram uma série de declarações a favor do estabelecimento de um roteiro que especifique quando abandonar os combustíveis fósseis. Por exemplo, essa foi uma das solicitações da carta enviada à presidência, à qual a Espanha se juntou, na qual 40 nações enfatizaram que não podem apoiar o resultado da Cúpula do Clima que não inclua um roteiro para implementar uma transição justa, ordenada e equitativa para longe dos combustíveis fósseis.
De fato, a Bloomberg informou no meio da tarde que, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto, os ministros europeus que participam da COP30 foram solicitados a consultar seus governos sobre se permitiriam um veto ao acordo se o texto final da Cúpula não incluir o roteiro para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis.
Além disso, a iniciativa liderada pela Colômbia e pela Holanda em favor de que a declaração final da COP30 inclua um roteiro "ambicioso" para o abandono dos combustíveis fósseis, um movimento que também foi apoiado pela Espanha, também se tornou conhecida nesta sexta-feira. Isso se junta à chamada Declaração da Colômbia, que durante toda esta Cúpula pediu um roteiro para o abandono dos combustíveis fósseis. De acordo com o Greenpeace, ela é apoiada por 80 países.
Na opinião de Saldaña, há uma chance de que os países cheguem a um consenso em Belém. De acordo com Saldaña, as próximas horas são "vitais" para que haja progresso na ambição da luta contra as mudanças climáticas e para que se chegue a acordos que estejam "à altura da tarefa".
De acordo com a DPA, o líder da presidência brasileira, André Corrêa do Lago, fez um apelo urgente aos negociadores para que demonstrem sua disposição de chegar a um acordo, já que a falta de um acordo beneficiaria os detratores do multilateralismo. Em particular, ele mencionou os Estados Unidos (EUA), que permaneceram à margem da reunião internacional e deixarão oficialmente o Acordo de Paris em janeiro de 2026.
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