MADRID 10 jun. (EUROPA PRESS) -
O uso de inteligência artificial (IA) em ambientes de saúde em todo o mundo aumentou para 81% até 2025, em comparação com 61% no ano anterior, mas ainda há deficiências relacionadas a medidas de segurança, com apenas 36% das organizações afirmando tê-las implementado.
Isso está de acordo com o relatório "The Digital Dilemma in Healthcare: The Pressure to Innovate and the Silent Risks" (O dilema digital na área da saúde: a pressão para inovar e os riscos silenciosos), preparado pela SOTI com base em uma pesquisa com 1.750 profissionais de tecnologia da informação (TI) da área da saúde nos Estados Unidos, Canadá, México, Reino Unido, Alemanha, França, Suécia, Holanda, Itália, Espanha e Austrália.
Em relação à IA, o estudo observa que a maioria das organizações que ainda não a está usando para cuidar de seus pacientes está considerando a possibilidade (16%), enquanto 3% dos tomadores de decisão de TI afirmam que sua organização não planeja usá-la.
As organizações que o utilizam o fazem principalmente para processamento ou análise de dados médicos (60%) e atualização de registros de pacientes (59%). Menos da metade (46%) a utiliza para planejar o melhor tratamento, enquanto 45% a utilizam para personalizar tratamentos e 40% a utilizam para diagnosticar doenças. Em comparação com os resultados do relatório de 2024, o uso para outros fins administrativos aumentou significativamente, de 20% para 45%.
O estudo do ano passado revelou que 57% dos profissionais de TI tinham alguma preocupação com o uso da IA para o atendimento ao paciente e estavam preocupados com possíveis ameaças à privacidade do paciente. Nesta edição, embora as organizações tenham implementado pelo menos algumas medidas de segurança em dispositivos móveis, apenas 36% têm medidas de segurança específicas em vigor.
"Investir em inovação vai além do simples desenvolvimento de novas tecnologias; começa com o fortalecimento dos sistemas internos para garantir maior produtividade e segurança. Muitas organizações de saúde ainda enfrentam lacunas na infraestrutura de back-end, o que limita o potencial total das tecnologias emergentes", disse David Parras, diretor regional da SOTI para o sul da Europa.
Por país, o Reino Unido é o país que mais usa IA (94%), seguido pela Austrália (93%) e pelo Canadá (87%). Enquanto isso, na Espanha, a porcentagem de organizações que usam essa ferramenta para cuidar dos pacientes é de 83%.
SISTEMAS LEGADOS
O relatório mostra que a grande maioria das organizações de saúde (99%) usa algum tipo de dispositivo conectado ou solução de telemedicina. No entanto, 96% afirmam que enfrentam desafios com essas tecnologias, devido à falta de integração entre os sistemas e outras deficiências resultantes de sistemas antigos, também conhecidos como "legados", ou seja, ainda funcionais, mas obsoletos em termos de tecnologia.
Em particular, quase dois terços (65%) das organizações ainda estão usando sistemas desatualizados e não integrados para dispositivos médicos de IoT e telessaúde. Essa falta de integração compromete a interoperabilidade, dificulta o acesso em tempo real aos dados dos pacientes em um único ambiente e amplia as vulnerabilidades de segurança cibernética. Globalmente, 59% das organizações enfrentam problemas de tecnologia/tempo de inatividade e 45% relatam que os sistemas legados aumentam a exposição a possíveis ataques.
Isso é particularmente acentuado na Austrália (77%), no Reino Unido (73%) e no Canadá (71%), mas também afeta a Espanha, onde 58% das organizações reconhecem essa limitação.
A porcentagem de tomadores de decisões de TI cujas organizações usam tecnologia ultrapassada caiu de 63% para 55% em um ano. No entanto, 97% relatam que sua organização tem tecnologia "legada", o que os impede de implantar ou gerenciar novos dispositivos ou impressoras (38%), fornecer suporte remoto ou acessar informações detalhadas sobre incidentes (38%), enquanto 39% dizem que gastam muito tempo resolvendo problemas técnicos.
A pesquisa também revela que o Reino Unido (47%), o Canadá (46%) e a Austrália (43%) são os países mais afetados pelas dificuldades na implantação e no gerenciamento de dispositivos, bem acima da média global (38%). Nesse contexto, os sistemas tradicionais de Gerenciamento de Dispositivos Móveis (MDM) estão se mostrando insuficientes, enquanto as soluções avançadas de Gerenciamento de Mobilidade Empresarial (EMM) estão tendo um impacto transformador.
A segurança dos dados tornou-se a principal preocupação de 30% das organizações de saúde, e 13% consideram o gerenciamento da segurança de dispositivos compartilhados como seu maior desafio. Globalmente, quase metade (43%) dos líderes de TI identifica um problema relacionado à segurança como sua principal preocupação tecnológica. Essa tendência está crescendo fortemente em muitos países, com aumentos significativos nas preocupações com segurança ano após ano.
Na Espanha, 50% das organizações classificam atualmente um problema de segurança como sua principal preocupação de TI, um pouco acima da média global.
Enquanto isso, 83% das organizações afirmam ter sofrido pelo menos uma ou mais violações de dados acidentais, violações de dados externas ou ataques de ransomware DDoS nos últimos 12 meses, um número semelhante aos 95% em 2024, indicando que as ameaças são predominantes e não estão sendo gerenciadas de forma eficaz.
"Com um número cada vez maior de dispositivos, usuários e trabalhadores de campo, o setor de saúde precisa adotar soluções de gerenciamento de mobilidade empresarial que permitam a implementação, a segurança e a administração centralizadas. Somente assim os líderes de TI poderão garantir operações escaláveis e seguras, alinhadas aos padrões de conformidade", concluiu Stephanie Lopinski, vice-presidente de marketing global da SOTI.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático