MADRID 10 jun. (EUROPA PRESS) -
O chefe adjunto da equipe de Urologia do Hospital Ruber Internacional, Juan Ignacio Martínez-Salamanca, pediu que as pessoas procurem o urologista para prevenir e detectar o câncer de próstata a tempo, pois o diagnóstico precoce ajuda a curar o tumor.
"Muitos homens ainda não estão bem informados. Os tabus persistem. Às vezes é o medo, às vezes é a modéstia ou a falta de consciência que atrasa a visita ao urologista", disse o médico por ocasião do Dia Mundial do Câncer de Próstata, que é comemorado nesta quarta-feira.
O câncer de próstata é um tumor maligno que se desenvolve na glândula prostática, localizada abaixo da bexiga. Ele é causado por um crescimento anormal de células que, em muitos casos, progride lentamente, permitindo um diagnóstico precoce e eficaz. A forma mais comum é o adenocarcinoma, que surge nas células responsáveis pela produção do fluido prostático.
Com a idade, é comum que a próstata aumente de tamanho. Esse aumento benigno, chamado de hiperplasia prostática benigna ou BPH, não é câncer, mas pode ser confundido por seus sintomas. Por esse motivo, os especialistas indicam que, em caso de desconforto, é preferível consultar um urologista.
Martínez-Salamanca reconheceu que a incidência do câncer de próstata aumentou nos últimos anos como resultado do envelhecimento da população e de uma maior conscientização do público, mas também destacou o aumento do diagnóstico precoce graças ao desenvolvimento de novas técnicas, como o antígeno prostático específico (PSA) e as técnicas de imagem, que permitem a administração de tratamentos menos invasivos e mais eficazes.
PREVENÇÃO A PARTIR DOS 45 ANOS
O chefe do Departamento de Urologia do Hospital Ruber Internacional, Antonio Allona, insistiu na importância da prevenção, com check-ups a partir dos 50 anos de idade, ou a partir dos 45 anos, se houver histórico familiar. Nos casos com mutações genéticas, como a BRCA2, os exames de controle devem começar ainda mais cedo, aos 40 anos.
Com relação aos principais fatores de risco da doença, Allona apontou a idade, o histórico familiar, as mutações genéticas e a origem étnica, que é mais frequente em homens afrodescendentes.
Em relação aos avanços nas técnicas e tratamentos, o urologista destacou a cirurgia robótica, que permite maior precisão, menor sangramento, melhor recuperação e maior preservação das funções. Ele também apontou os benefícios que a inteligência artificial (IA) trará, que já está começando a desempenhar um papel fundamental na interpretação de imagens, identificação de lesões e estimativa de risco.
Por sua vez, o Dr. Martínez-Salamanca aludiu às vantagens do uso da RM multiparamétrica antes da biópsia, melhorando a precisão e reduzindo procedimentos desnecessários. Ele também destacou a evolução pela qual a biópsia passou.
"Terapias focais, como HIFU, crioterapia ou IRE, e tratamentos hormonais de nova geração, imunoterapia e terapias direcionadas também estão sendo desenvolvidas, dependendo do perfil genômico do paciente. Para os casos de baixo risco, propõe-se a vigilância ativa, sempre com acompanhamento rigoroso", acrescentou o especialista.
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