MADRID 28 nov. (EUROPA PRESS) -
Por ocasião do Dia Mundial da Hiperoxalúria, o Dr. José Ramón Cansino, urologista e especialista em litíase renal, alertou sobre a importância do diagnóstico precoce e o papel do urologista na detecção dessa doença rara, que pode causar insuficiência renal se não for detectada a tempo.
"A hiperoxalúria provoca uma eliminação excessiva de oxalato na urina, o que favorece a formação de cálculos renais e, nos casos mais graves, pode levar à insuficiência renal crônica", explica o especialista.
A hiperoxalúria pode ser primária, de origem genética, ou secundária, relacionada a problemas intestinais ou cirurgias que alteram a absorção de nutrientes. Em sua forma mais grave, os depósitos de oxalato podem se estender além do rim e afetar órgãos como o coração, os ossos ou a retina.
Em muitos casos, os pacientes chegam ao consultório do urologista após vários episódios de cólicas ou cálculos renais recorrentes, sem saber que uma doença metabólica rara pode estar por trás deles", diz o Dr. Cansino. O urologista geralmente é o primeiro especialista a suspeitar disso e pode solicitar os testes metabólicos e genéticos necessários para confirmar o diagnóstico.
Embora seja considerada uma doença rara - com uma prevalência estimada de 1 a 3 casos por milhão de habitantes no tipo 1 - a hiperoxalúria pode ser subdiagnosticada. As diretrizes europeias de urologia recomendam que seja dada atenção especial aos pacientes com cálculos renais recorrentes, nefrocalcinose ou histórico familiar de cálculos renais precoces.
Seu tratamento combina medidas preventivas, como hidratação abundante, dieta adequada e controle dos níveis de oxalato. Por esse motivo, o Dr. Cansino insiste na necessidade de dar visibilidade a essa doença rara e de promover sua detecção precoce.
"Uma simples análise metabólica pode mudar a evolução da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes", conclui. Ele também lembra que, graças ao trabalho de associações como a APHES (www.aphes.es), que atuam como uma ponte entre os pacientes, suas famílias e os profissionais de saúde, foi possível obter maior visibilidade dessa doença, facilitando o acesso à informação, promovendo a pesquisa e defendendo os direitos das pessoas afetadas pela hiperoxalúria.
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