BARCELONA 17 nov. (EUROPA PRESS) -
Uma equipe científica liderada pelo Institut de Ciències del Mar (ICM-CSIC) identificou uma nova e "até agora ignorada" fonte de mercúrio no Mar Menor, na região de Múrcia, informou o centro em um comunicado na segunda-feira.
A descoberta, publicada na revista 'Environmental Science & Technology', mostra que essa descarga de água subterrânea "não apenas transporta mercúrio, mas também, ao chegar à área costeira, cria as condições certas" para a formação de metilmercúrio, a forma mais tóxica desse metal.
Os resultados mostram que essa rota contribui com cerca de 1 quilo de mercúrio por ano, uma quantidade equivalente à que chega da atmosfera e cerca de 70 vezes maior do que a contribuição do rio Albujón.
Eles também descobriram que grande parte desse mercúrio foi emitida no passado: é o que os cientistas chamam de "mercúrio legado", ou seja, resíduos acumulados ao longo de décadas nos sedimentos provenientes da mineração e da atividade agrícola na área, que agora estão sendo liberados de volta à água pelo fluxo de águas subterrâneas.
Embora os níveis atuais de mercúrio na água do Mar Menor não sejam "preocupantes", a equipe alerta que o processo pode se intensificar com o aumento das temperaturas e a desoxigenação da água, efeitos associados à mudança climática que agravam a vulnerabilidade das lagoas costeiras do Mediterrâneo.
O aumento do metilmercúrio nas águas do Mar Menor poderia levar a um aumento desse poluente nas redes alimentares, e ressalta que esse fenômeno ocorre em vários ecossistemas costeiros em todo o mundo, "o que poderia ter implicações globais para a gestão ambiental e a segurança alimentar".
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