Publicado 04/11/2025 08:18

Um estudo da Universidade de Extremadura propõe um novo método para melhorar a fertilidade das éguas.

Pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Extremadura, autores do estudo.
UEX

MÉRIDA 4 nov. (EUROPA PRESS) -

Pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária propuseram um novo método para melhorar a fertilidade em éguas depois de conseguir, pela primeira vez, isolar células-tronco mesenquimais de aspirados foliculares ovarianos, o que abre novas possibilidades na biotecnologia reprodutiva equina e na medicina regenerativa.

As células-tronco mesenquimais são células com a capacidade de regenerar tecidos e são usadas em tratamentos para várias doenças. Em humanos, elas já foram isoladas com sucesso de aspirados ovarianos, mas nunca foram testadas em cavalos.

O estudo, realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Extremadura e publicado na revista Theriogenology, mostra que essas células podem ser obtidas de forma eficiente usando a técnica de aspiração folicular guiada por ultrassom ou "Ovum Pick-Up" (OPU), diz a Universidade de Extremadura em um comunicado à imprensa.

Esse artigo é o primeiro de uma pesquisa mais ampla, dirigida pela Dra. Beatriz Macías García e pelo Dr. Lauro González Fernández. Nele, eles apresentam a metodologia usada para isolar esse tipo de célula. O objetivo a longo prazo é usá-las para melhorar a reprodução em éguas, especialmente as de idade avançada, mas que, devido às suas características, têm "um alto valor genético", explica Carmen C. Muñoz García, uma das autoras do estudo.

A técnica de OPU é usada rotineiramente na reprodução assistida de equinos para obter oócitos com os quais produzir embriões in vitro. Depois que os oócitos são removidos do aspirado da OPU, as células excedentes são descartadas. No entanto, o estudo propõe o uso desse material celular para aumentar a eficácia dessa técnica de reprodução assistida.

Um dos desafios que os pesquisadores enfrentam agora é a possível rejeição de células extraídas de diferentes indivíduos adultos quando injetadas nos ovários. Seu objetivo não é usar essas células diretamente, mas "fazer culturas de células e usar o meio enriquecido pela secreção das próprias células para tratar outras éguas. Dessa forma, esperamos obter um efeito positivo na produção de oócitos e na regeneração do tecido ovariano", diz Carmen C. Muñoz sobre as próximas etapas do estudo.

Esse avanço não só tem aplicações clínicas, mas também fornece conhecimento fundamental para pesquisas futuras em biotecnologia reprodutiva e medicina regenerativa, tanto na veterinária quanto na ciência humana.

Para os pesquisadores, essas descobertas são "importantes", pois os ciclos reprodutivos das éguas são "muito semelhantes" aos das mulheres. Portanto, todo o conhecimento que eles geram nesse sentido poderia ser "extrapolado para a esfera humana, onde a fertilização in vitro é cada vez mais necessária, especialmente com o atraso na maternidade", explicam.

O estudo foi desenvolvido pelo (MINVET) e pelo Grupo de Pesquisa em Sinalização Intracelular e Tecnologia Reprodutiva (SINTREP), ambos pertencentes ao Instituto de Pesquisa Universitária INBIO G+C da Faculdade de Medicina Veterinária.

Ele recebeu financiamento do Ministério da Ciência, Inovação e Universidades por meio dos projetos PID2023-146493OB-I00 e CNS2023-144173 e com o apoio dos fundos europeus FEDER e Next Generation.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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