MADRID, 27 nov. (EUROPA PRESS) -
O neurologista e especialista em inteligência artificial Ignacio H. Medrano previu que o avanço da IA agêntica possibilitará, no futuro, o surgimento de robôs médicos capazes de atender pacientes sem supervisão humana direta.
"A autonomia é o elemento-chave da IA generativa. Seu progresso permitirá o desenvolvimento de agentes capazes de operar sem supervisão humana", disse o especialista durante sua participação no ciclo de treinamento 'Science a Day', organizado pela Fundação PharmaMar, juntamente com a Associação de Imprensa de Madri (APM) e a Associação Nacional de Informantes de Saúde (ANIS).
Medrano explicou que esse tipo de IA não será mais uma ferramenta, mas "colegas de trabalho". Além disso, eles precisarão receber validação e autorização para demonstrar sua capacidade de trabalhar como médicos. "De alguma forma, a IA terá que ir para a faculdade de medicina e obter seu diploma. Para um treinamento melhor, você precisará de todos os dados da IA discriminativa", enfatizou.
No entanto, o especialista, que ainda não especificou quando essa tecnologia poderá ser aplicada, alertou que a IA agêntica ainda precisa ser aprimorada antes de ser realmente útil no futuro. Como ele apontou, está mais perto de os pacientes poderem interagir com 'chatbots' que têm a aparência de profissionais de saúde: "Na China, eles já registraram alguns dos médicos mais populares e estão trabalhando para usar a IA para simular um médico", disse ele.
Durante seu discurso, Medrano também analisou como a IA já está sendo usada para melhorar e acelerar diagnósticos, antecipar riscos de doenças, projetar testes clínicos, gerenciar grandes volumes de dados e impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento de novos medicamentos.
De acordo com o especialista, na prática médica, a IA já provou ser capaz de analisar e associar muito mais variáveis do que os humanos. "Por exemplo, ela pode detectar coisas em um eletrocardiograma que nunca veremos", acrescentou, ressaltando que a IA aprende por repetição e reconhecimento de padrões, e não por regras.
Além de diagnosticar patologias, a IA também pode prever que tipo de tratamento pode funcionar para cada paciente: "O que é conhecido como medicina de precisão", disse ele.
"A IA pode diagnosticar e classificar, mas o que mais preocupa os médicos é a previsão: quem responderá à imunoterapia. Esse é o desafio da medicina e, com a IA, ele pode ser resolvido", explicou, acrescentando que "é uma mudança de paradigma sem precedentes".
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