MADRID 10 mar. (EUROPA PRESS) -
O chefe do Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular do Hospital Ruber Internacional, Pablo Gallo, afirmou que é vital monitorar adequadamente as veias varicosas durante a gravidez, bem como adotar medidas preventivas.
"A gravidez favorece o aparecimento de varizes, que podem levar a episódios de tromboflebite ou até mesmo trombose venosa profunda se a paciente tiver um distúrbio hematológico ou compressão das veias pélvicas", explicou o especialista.
Por esse motivo, o especialista indica que as varizes são uma condição venosa comum em mulheres grávidas, razão pela qual ele considera essencial diagnosticá-las a tempo e adotar as medidas adequadas para evitar complicações. "As varizes na gravidez podem aparecer tanto na pélvis como nas pernas, e seu manejo correto é fundamental para garantir o bem-estar da mãe e evitar riscos desnecessários", acrescentou.
De acordo com o especialista, as varizes durante a gravidez podem ser causadas por vários fatores, como a genética: "Se uma mulher tem um histórico familiar de insuficiência venosa, é mais provável que ela desenvolva varizes durante a gravidez".
Elas também podem ser causadas por um fator hormonal: "O aumento de estrogênio e progesterona pode enfraquecer a parede venosa e favorecer o aparecimento de varizes". E, por fim, um fator mecânico, pois "à medida que o feto cresce, o ganho de peso no terceiro trimestre pressiona as veias pélvicas, o que pode causar dilatação venosa".
As veias varicosas na gravidez são mais comuns em mulheres que tiveram mais de uma gravidez. Entretanto, o histórico familiar e o estilo de vida também desempenham um papel importante. "Geralmente, as veias varicosas aparecem a partir do segundo trimestre e tendem a piorar à medida que a gravidez avança", disse Gallo.
Além disso, elas podem estar associadas à compressão venosa na pelve, como a síndrome de May Thurner ou a síndrome de Nutcracker. "Embora as pernas sejam a região mais afetada, as varizes pélvicas também podem aparecer na área genital, chegando até as coxas", diz Gallo, que acrescenta que, em alguns casos, essas varizes desaparecem ou diminuem após o parto.
Os sintomas podem incluir dor, sensação de peso nas pernas, edema e sensações incômodas, como formigamento ou picadas. "É essencial consultar um especialista se a paciente apresentar dor intensa, inchaço assimétrico ou vermelhidão em uma perna, pois pode ser uma trombose venosa profunda", alerta o cirurgião vascular.
PREVENÇÃO: HÁBITOS SAUDÁVEIS PARA EVITAR COMPLICAÇÕES
Embora as veias varicosas não possam ser completamente evitadas, é possível reduzir seu impacto. O Dr. Gallo recomenda seguir uma série de hábitos saudáveis, incluindo: manter uma dieta equilibrada; praticar exercícios físicos diariamente; evitar ficar em pé ou sentado por muito tempo; usar roupas confortáveis e evitar sapatos de salto alto ou totalmente planos; evitar exposição prolongada ao sol ou a fontes de calor; elevar as pernas cerca de 15 cm quando estiver descansando e usar meias de compressão para melhorar a circulação.
"O tratamento dependerá do grau de insuficiência venosa", ressalta o médico. Durante a gravidez, recomenda-se optar por medidas conservadoras, como exercícios para melhorar a circulação e o uso de meias de compressão", afirma o especialista.
Após o parto, uma nova avaliação deve ser realizada para determinar a necessidade de tratamentos adicionais. "Se a veia safena for afetada, podem ser utilizados tratamentos endovasculares, que são técnicas minimamente invasivas com excelente recuperação e sem necessidade de feridas cirúrgicas", diz o especialista.
No caso das varizes pélvicas, também existem procedimentos endovasculares que permitem confirmar o diagnóstico e realizar um tratamento eficaz por meio da embolização. "Esse procedimento consiste em ocluir as veias pélvicas doentes por meio de uma pequena intervenção realizada a partir do braço, o que minimiza os riscos e facilita a rápida recuperação", conclui Gallo.
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