MADRID 9 jun. (EUROPA PRESS) -
Uma terapia baseada em células-tronco derivadas do tecido adiposo combinadas com trifosfato de adenosina demonstrou sua eficácia na reversão dos efeitos da alopecia androgênica em um experimento realizado em ratos, liderado por pesquisadores do Departamento de Dermatologia do Hospital Clínico San Carlos, em Madri.
O estudo, publicado na revista Stem Cell Research & Therapy, avaliou a eficácia da referida terapia em um modelo experimental de camundongos com alopecia induzida por diidrotestosterona (DHT), o hormônio responsável pela queda de cabelo. As descobertas abrem as portas para novas possibilidades no tratamento regenerativo dos cabelos.
Os camundongos que não receberam DHT conseguiram repovoar todo o cabelo, enquanto os que receberam DHT tiveram muito mais dificuldade em fazer o cabelo crescer novamente, com apenas 40% conseguindo um repovoamento intenso. Isso mostra que a indução de DHT é útil para o estudo da alopecia androgênica em camundongos.
De acordo com os resultados após a administração da terapia, até 50% dos camundongos machos tratados com uma dose baixa de células-tronco e trifosfato de adenosina apresentaram repopulação total dos cabelos. Os outros 50% repovoaram intensamente. Isso significa que todos os camundongos machos foram capazes de repovoar seus cabelos.
Até 50% das fêmeas de camundongos tratadas com uma dose média de células-tronco e trifosfato de adenosina apresentaram repovoamento completo dos pelos, enquanto 40% apresentaram repovoamento intenso. Isso significa que até 90% foram capazes de repovoar seus cabelos.
"Com essa publicação, revalidamos nossa liderança na pesquisa de alopecia com células-tronco. Dessa forma, no futuro, poderemos oferecer novas soluções que nos permitirão atender às expectativas dos pacientes, dando-lhes acesso a novos tratamentos que priorizam seu bem-estar", disse Eduardo López Bran, chefe do Departamento de Dermatologia do Hospital Clínico San Carlos em Madri, inventor e primeiro signatário do estudo.
TRATAMENTO DISPONÍVEL EM 5 ANOS
Embora os resultados do estudo sejam promissores, os autores especificaram que serão necessários estudos clínicos adicionais para confirmar sua eficácia e segurança em humanos. Assim, dependendo das exigências dos órgãos reguladores, esse tratamento poderá estar disponível em, no mínimo, cinco anos.
A alopecia androgênica, ou calvície comum, é um distúrbio dinâmico e progressivo de perda de cabelo que afeta homens e mulheres. Sua incidência aumenta com a idade, afetando até 80% da população masculina, dos quais 30% a 50% têm menos de 50 anos, bem como metade das mulheres em idade avançada. A queda de cabelo pode afetar a autoestima e a qualidade de vida do paciente.
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