MADRID 29 maio (EUROPA PRESS) -
A fumaça do tabaco, seja na forma de tabagismo ativo ou passivo ou por meio de cigarros eletrônicos, "age como um irritante direto que inflama as vias aéreas, enfraquecendo seu papel como barreira natural de defesa mecânica e celular em nosso corpo, o que não só piora os sintomas de alergias, mas também pode tornar os tratamentos menos eficazes", diz Daniela Silva, especialista em Medicina Interna e Gerente Médica de E-Health na Cigna Healthcare Espanha.
Além disso, a especialista explica que, a longo prazo, essa inflamação constante "aumenta o risco de desenvolver doenças respiratórias crônicas, como a asma, especialmente em pessoas com histórico de alergias, além de afetar outros aspectos da rotina diária, como o descanso".
Especialistas da área de saúde explicam em detalhes os efeitos multiplicadores do fumo sobre os sintomas de alergia respiratória.
A fumaça do tabaco danifica diretamente o epitélio respiratório, facilitando a entrada de alérgenos nas vias aéreas e gerando uma resposta exagerada do sistema imunológico. Essa inflamação constante faz com que até mesmo pequenas quantidades de pólen desencadeiem sintomas intensos.
Além disso, existe uma "relação bidirecional" entre o fumo e as alergias. Ou seja, o fumo "pode piorar" os sintomas e as consequências de alergias não tratadas e, por sua vez, a presença de uma alergia não tratada "pode exacerbar e piorar" as doenças pulmonares causadas pela fumaça do tabaco. Um exemplo é a doença pulmonar obstrutiva crônica, em que o tabagismo é o principal fator de risco para o desenvolvimento dessa atividade e, por sua vez, foi demonstrado que a presença de alergias respiratórias pode piorar seus sintomas e exacerbações.
Por outro lado, a congestão nasal, a coceira e a tosse noturna "são intensificadas em ambientes com fumaça", o que interfere diretamente na qualidade do sono.
A soma dos sintomas respiratórios, da fadiga, da falta de sono e da dependência de medicamentos "geralmente cria" um impacto emocional negativo nos pacientes. Muitas pessoas apresentam irracionalidade, estresse, ansiedade ou até mesmo sintomas depressivos.
Além disso, fumantes ativos e passivos "têm uma resposta pior" a tratamentos comuns, como anti-histamínicos e corticosteroides inalatórios. Isso "obriga, em muitos casos", a aumentar a dose ou recorrer a medicamentos mais agressivos.
Além disso, as crianças expostas à fumaça do tabaco "têm maior probabilidade de desenvolver doenças alérgicas", como asma ou rinite.
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