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A Comunidade dos Estados da África Oriental se une à condenação internacional da posição israelense MADRI 28 dez. (EUROPA PRESS) -
O governo da Somalilândia garantiu que o reconhecimento de Israel de sua independência, concedido na última sexta-feira ao estado separatista somali, não está de forma alguma condicionado a um plano não oficial para receber os palestinos expulsos de Gaza, conforme denunciado abertamente no sábado pelo movimento islâmico palestino Hamas.
Em uma entrevista ao canal israelense KAN, o ministro das Relações Exteriores da Somalilândia, Abdirahman Dahir, disse que "nunca houve qualquer negociação sobre o acolhimento e a transferência de pessoas de Gaza e qualquer outra declaração a esse respeito é falsa e enganosa".
Em uma declaração em seu site no sábado, o Hamas declarou sua rejeição categórica a essa possibilidade. "Afirmamos nossa total rejeição aos planos da ocupação de deslocar nosso povo à força, incluindo o uso da Somalilândia como destino para o povo de Gaza", disse o movimento palestino.
Além disso, e em consonância com quase toda a comunidade internacional, começando pelos países árabes e pelo próprio governo da Somalilândia, o Hamas considerou que o reconhecimento declarado pelo governo israelense representa "um precedente perigoso e uma tentativa inaceitável de obter uma falsa legitimidade de uma entidade fascista que ocupa a terra da Palestina".
Especialistas israelenses observaram que o reconhecimento de Israel poderia facilitar um possível posicionamento militar israelense na Somalilândia, uma posição a apenas 500 quilômetros de distância do Iêmen, onde a insurgência Houthi, inimiga declarada de Israel, está baseada. No entanto, a Somalilândia e Israel se limitaram a declarar que seu acordo é de natureza puramente social, política e econômica.
O CAO SE UNE À CONDENAÇÃO DO RECONHECIMENTO
No domingo, a Comunidade dos Estados da África Oriental (EAC) juntou-se à condenação internacional da declaração israelense. A EAC "reconhece a República Federal da Somália como um único estado soberano sob a autoridade do Governo da República Federal da Somália".
A organização, formada por Burundi, República Democrática do Congo, Quênia, Ruanda, Sudão do Sul, Uganda, Tanzânia e Somália, adere à posição expressa pela União Africana, conforme refletido no Ato Constitutivo da União Africana e nas decisões relevantes relativas à soberania e à integridade territorial da República Federal da Somália.
"A EAC exige respeito pela unidade e integridade territorial da República Federal da Somália e insta todas as partes envolvidas a agirem dentro dos marcos legais regionais e internacionais estabelecidos sobre a soberania e integridade territorial dos Estados", acrescenta o comunicado.
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