Publicado 10/04/2025 06:29

A Sociedade Espanhola de Neurologia pede a otimização dos recursos em vista do aumento previsível de casos de Parkinson na Espanha

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MADRID 10 abr. (EUROPA PRESS) -

O coordenador do Grupo de Estudos de Distúrbios do Movimento da Sociedade Espanhola de Neurologia (SEN), Álvaro Sánchez, considera "essencial" começar a otimizar a alocação de recursos para lidar com a demanda esperada de casos de Parkinson na Espanha, além de promover pesquisas e tentar incentivar hábitos saudáveis que permitam a prevenção da doença.

Foi o que Sánchez disse por ocasião do Dia Mundial do Parkinson, que está sendo comemorado nesta sexta-feira, 11 de abril. A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo depois do mal de Alzheimer e, de acordo com as últimas estimativas, há atualmente cerca de 200.000 pessoas na Espanha afetadas por essa doença e, segundo dados da Sociedade Espanhola de Neurologia (SEN), cerca de 10.000 novos casos são diagnosticados a cada ano.

No início de março, foram divulgadas as conclusões do último estudo "Global Burden of Disease Study" sobre a doença de Parkinson, no qual, levando em conta dados de 195 países, estimou-se que, em comparação com os 12 milhões de pessoas que atualmente sofrem da doença de Parkinson em todo o mundo, nos próximos 25 anos esses números mais do que dobrarão, especificamente 112% a mais, o que significa que em 2050 haverá mais de 25,2 milhões de pessoas com a doença devido, sobretudo, ao envelhecimento, mas também ao crescimento da população mundial.

"E, embora esse aumento previsível ocorra em todos os países, sexos e idades, as previsões para a Espanha são particularmente impressionantes. Porque, embora sejamos apenas o 31º país mais populoso, atualmente já somos o nono país com mais casos de doença de Parkinson no mundo. Mas, em 2050, subiremos para o oitavo lugar e, além disso, seremos o país com o maior número de pessoas com Parkinson per capita, com uma prevalência de cerca de 850 casos por 100.000 habitantes, devido ao aumento da expectativa de vida e ao envelhecimento da população espanhola", diz Sánchez.

MAIOR INCIDÊNCIA EM HOMENS

O especialista explicou que a doença de Parkinson é uma doença crônica e progressiva caracterizada por uma redução gradual da capacidade do cérebro de produzir dopamina, um neurotransmissor que controla o movimento e o equilíbrio, entre outras coisas.

"Sintomas como tremor, rigidez muscular, lentidão de movimentos e/ou instabilidade postural são comuns nessa doença, mas também sintomas não motores, como perda do olfato, alterações de humor, depressão, distúrbios do sono ou até mesmo degeneração cognitiva, que geram um alto nível de incapacidade à medida que a doença progride", explicou.

Além disso, a doença de Parkinson é duas vezes mais prevalente em homens do que em mulheres, e a idade média de início da doença é um pouco mais alta em mulheres do que em homens, embora os pacientes com Parkinson tenham uma expectativa de vida mais curta e uma mortalidade mais alta devido à doença. E, embora a idade seja o principal fator de risco conhecido para a doença e, portanto, a doença de Parkinson seja diagnosticada com mais frequência em pessoas mais velhas, a idade não é o único fator de risco.

Até 20% dos casos ocorrem em pessoas com menos de 50 anos de idade e já existem fatores conhecidos, muitos deles evitáveis por meio de hábitos saudáveis, que também parecem predispor ao desenvolvimento da doença. "A inatividade física e o isolamento social, ou o não controle adequado de certos fatores de risco vascular, como o açúcar no sangue, a pressão arterial ou o colesterol, são fatores que também podem influenciar o desenvolvimento da doença", ressalta Sánchez.

"Por outro lado, a exposição a pesticidas, solventes industriais ou poluição do ar também são fatores que parecem predispor ao desenvolvimento da doença. Portanto, tentar promover a prevenção é o primeiro passo que devemos dar na luta contra o Parkinson, bem como impulsionar a pesquisa para encontrar tratamentos que interrompam, ou pelo menos retardem de forma mais eficaz, o curso progressivo dessa doença", acrescentou.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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