MADRID 9 jun. (EUROPA PRESS) -
Você está sentado em sua poltrona, o avião está prestes a decolar e, de repente, ouve-se um inconfundível "ding". Mais tarde, outro. Para alguns passageiros, esse som passa despercebido; outros o percebem como um simples aviso. Entretanto, esses pequenos sons que se repetem em todos os voos têm uma função muito específica.
Como explica o engenheiro aeronáutico Lucas Bernacer, cada tom faz parte de um sistema de comunicação interna que permite que a tripulação se coordene de forma rápida, silenciosa e eficiente. São sinais codificados que nem sempre se traduzem em um anúncio de endereço público, mas são essenciais para as operações a bordo.
MENSAGENS CODIFICADAS NO AR
As aeronaves comerciais são equipadas com sistemas de som que facilitam a comunicação entre os pilotos e os atendentes sem a necessidade de falar. Um único "ding", por exemplo, pode indicar que um passageiro pressionou o botão de chamada, que um cinto de segurança deve ser colocado ou que uma comunicação na cabine de comando está prestes a ser iniciada.
Um dos sons mais característicos, de acordo com Bernacer, é a sequência de dois tons, geralmente usada quando a aeronave atinge 10.000 pés de altitude. É um sinal importante: indica que o serviço de bordo pode começar ou que a cabine de comando deve ser preparada para o pouso.
O QUE SIGNIFICAM OS DIFERENTES SONS
Embora cada companhia aérea possa personalizar seus códigos, estes são alguns dos usos mais comuns:
Um único 'ding': chamada de passageiro, cintos ou aviso de rotina.
Dois dings: transição de fase de voo, como atingir 10.000 pés.
Sequências especiais: usadas internamente para comunicar situações como turbulência ou emergências.
Esses tons permitem que a tripulação aja rapidamente sem alarmar os passageiros, pois muitas das instruções internas não são anunciadas em voz alta.
O QUE ELES NÃO DIZEM (MESMO QUE PAREÇAM)
É fácil pensar que um 'ding' sinaliza um incidente técnico ou um alerta aos passageiros, mas a verdade é que a maioria deles não é direcionada aos passageiros, nem está relacionada a falhas na aeronave. São sons operacionais que permitem que o controle seja mantido em cada etapa do voo.
Por exemplo, após a decolagem, um tom pode ativar protocolos de segurança; ao atingir a altitude de cruzeiro, outro sinal pode liberar a tripulação para iniciar o serviço. Tudo isso faz parte de uma coreografia silenciosa que mantém a ordem a bordo.
ELES SÃO OS MESMOS EM TODAS AS COMPANHIAS AÉREAS?
Não exatamente. Embora os significados básicos geralmente coincidam, não existe um sistema universal de sons. Cada companhia aérea pode adaptar os sinais aos seus procedimentos internos ou ao modelo da aeronave, de modo que o mesmo tom pode ser usado de forma diferente de uma operadora para outra.
O que é comum é sua finalidade: facilitar a comunicação entre a equipe e garantir uma experiência de voo segura e eficiente. Para os passageiros, esse "ding" pode parecer trivial, mas para a tripulação é uma peça fundamental na engrenagem que mantém tudo funcionando no ar.
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