Publicado 30/12/2025 07:39

Sensor recém-projetado detecta rapidamente a escopolamina, uma droga amplamente usada em crimes de submissão química

Novo sensor projetado pela UPV detecta rapidamente uma droga amplamente utilizada em crimes de subjugação química
EUROPA PRESS

VALÊNCIA 30 dez. (EUROPA PRESS) -

Uma equipe da Universitat Politècnica de València (UPV) liderou o desenvolvimento de um novo sensor capaz de detectar com muita rapidez e facilidade a escopolamina, uma das substâncias mais usadas em crimes de submissão química, especialmente em agressões sexuais.

"A escopolamina é uma substância difícil de ser detectada por métodos convencionais, especialmente quando encontrada em bebidas. Por essa razão, nosso grupo no Instituto IDM da UPV se propôs a desenvolver novas ferramentas simples que nos permitissem alertar imediatamente sobre sua presença", disse Vicente Martí Centelles, pesquisador do Instituto Interuniversitário de Reconhecimento Molecular e Desenvolvimento Tecnológico (IDM) da UPV, à Europa Press Television.

O sensor funciona de maneira muito simples: quando a droga entra em contato com o sensor, ocorre uma reação que libera uma substância fluorescente. Essa liberação gera um sinal luminoso muito claro, cuja intensidade também é proporcional à quantidade de escopolamina.

"Quanto mais escopolamina houver, mais fluorescente será o sinal, o que permite não apenas detectar sua presença, mas também estimar sua quantidade. E tudo isso em menos de cinco minutos. Além disso, o sistema não requer equipamentos complexos nem pessoal altamente especializado, o que facilita seu uso potencial em ambientes policiais, forenses ou de controle preventivo", diz o pesquisador da UPV.

UMA 'CAIXA MOLECULAR

O sensor desenvolvido pelos pesquisadores da UPV é baseado em uma "caixa molecular", uma estrutura química projetada para reconhecer e capturar moléculas específicas. Nesse caso, a caixa molecular foi projetada para interagir com a escopolamina e prendê-la de forma altamente seletiva.

Um dos aspectos mais inovadores do sistema é a sofisticação de seu projeto químico. A caixa molecular adota um arranjo exclusivo que é fundamental para que o processo de detecção de drogas funcione com alta precisão. "Isso é o que permite que nosso sensor detecte quantidades muito baixas de drogas e é especialmente útil para a análise rápida de substâncias suspeitas, tanto em contextos preventivos quanto após uma possível agressão", diz o pesquisador da UPV Giovanni Montà-González.

"Até agora, esse tipo de sistema nunca havia sido usado para esse fim, portanto, é uma novidade científica para abordar um problema social que está aumentando muito e que, infelizmente, é a submissão química", detalhou Montà-González, que ressalta que esse é o primeiro passo para usar esses sistemas "efetivamente" e que poderia ser aplicado a amostras reais, como em bebidas ou em outras condições.

Esse grupo de pesquisa, que se concentra no desenvolvimento de sistemas para a detecção de drogas de submissão química, diz que seu objetivo é detectar esse tipo de droga em bebidas para evitar que "alguém coloque escopolamina em sua bebida e a contamine".

"O objetivo é ter as ferramentas mais avançadas para detectar drogas como a escopolamina ou outras novas drogas que possam surgir. Vamos trabalhar nesses projetos e isso nos permitirá ter sistemas de detecção para evitar crimes de agressão sexual", enfatizou Vicente Martí.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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