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MADRID 29 dez. (EUROPA PRESS) -
A Sociedade Espanhola de Medicina de Emergência (SEMES) estabeleceu entre seus principais objetivos para 2026 a aprovação da especialidade de Enfermagem de Emergência, considerando que ela é fundamental para melhorar a qualidade, a segurança e a homogeneidade do atendimento imediato em situações complexas e altamente incertas.
A vice-presidente da SEMES Nursing, Carmen Casal, argumentou que a especialidade é "a única maneira regulamentada" de fornecer aos profissionais habilidades específicas, como tomar decisões com o mínimo de informações, agir sem demora e trabalhar em ambientes incertos, aspectos "vitais para a sobrevivência e a qualidade de vida do paciente".
A SEMES lembra que os enfermeiros são um pilar essencial do Departamento de Emergência, que lida com cerca de 30 milhões de consultas por ano na Espanha, e estima que mais de 13.700 profissionais trabalham atualmente nesse campo. Para a sociedade médica, a criação da especialidade representa o reconhecimento oficial das competências existentes e oferecerá aos novos recrutas uma qualificação EIR com treinamento homogêneo e rigoroso.
O processo de aprovação, regulamentado pelo Decreto Real 589/2022, exige o credenciamento das necessidades de treinamento, a viabilidade e a disponibilidade de recursos de ensino. Com esse objetivo em mente, a SEMES criou a Comissão para a Especialidade em Enfermagem de Emergência, que já elaborou a solicitação formal, atualmente em análise jurídica.
"Nenhuma das sete especialidades de enfermagem reconhecidas pelo Ministério da Saúde inclui um nível suficiente de competências específicas para ambientes de urgência e emergência, especialmente em cenários extra-hospitalares, para permitir que os profissionais lidem com esse tipo de atendimento e que os pacientes tenham a segurança de serem atendidos por enfermeiros treinados e preparados de maneira coerente e suficiente", argumenta Javier Morillo, membro da Comissão da Especialidade de Enfermagem de Emergência da SEMES.
Além disso, a sociedade enfatiza que a nova especialidade permitiria que a Espanha se alinhasse com países como Bélgica, Dinamarca, Holanda, Polônia, Suécia e Reino Unido, onde já existe treinamento regulamentado em emergências.
REJEITA UMA POSSÍVEL ESPECIALIDADE COM CUIDADOS CRÍTICOS
A SEMES rejeita uma possível especialidade conjunta com a Critical Care e defende a entidade separada da Medicina de Emergência e das Emergências, pois são ambientes e necessidades de atendimento diferentes. Também ressalta que seu reconhecimento contribuiria para estabilizar os níveis de pessoal, reduzir a rotatividade de profissionais e reduzir os eventos adversos, muitos dos quais são potencialmente evitáveis.
"Confundir enfermagem de emergência e de cuidados intensivos é um erro técnico e político grave. Agrupar as duas áreas resultaria em um treinamento híbrido e ineficaz que não responde às realidades operacionais de nenhum dos serviços", diz Casal.
Para sua aprovação definitiva, a especialidade deve ter o apoio de pelo menos sete conselhos de saúde. Casal garantiu que já existe apoio regional e destacou como exemplo a moção aprovada por unanimidade na Assembleia Regional de Múrcia em maio de 2025.
"Uma especialidade de Enfermagem de Emergência faz tanto sentido quanto a aprovação da especialidade de Medicina de Emergência fez em sua época. É a única maneira de alcançar a excelência no atendimento e garantir a resiliência de nosso sistema de saúde para qualquer desafio futuro", conclui.
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