MADRID 19 jun. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Sociedade Espanhola de Médicos de Atenção Primária (SEMERGEN), José Polo, destacou que a distribuição de 172 milhões de euros aprovada pelo Ministério da Saúde e pelas comunidades autônomas para fortalecer a Atenção Primária (AP) em cada território é um "remendo" para esse nível de atendimento.
Nesses termos, ele disse isso na quinta-feira em uma conferência de imprensa na qual apresentou um novo projeto de inovação desenvolvido pela SEMERGEN para promover a transformação do modelo atual de CP e colocá-lo novamente no centro do sistema de saúde.
Polo explicou que se o montante aprovado for dividido linearmente entre as 17 comunidades autônomas, o resultado é de cerca de 10 milhões de euros para cada uma delas, menos se as cidades autônomas de Ceuta e Melilla também forem levadas em consideração. "Com 10 milhões, não temos nem o suficiente para colocar um tijolo", afirmou.
Nesse sentido, ele ressaltou que o dinheiro é insuficiente se tivermos que destinar parte dele para consertar os centros de saúde, equipá-los com novos equipamentos e tecnologia, e também pretendemos dedicar outra parte para aumentar os salários dos profissionais.
"Sempre que dizem que as quantias são somas e você tem que ver isso no contexto do nosso sistema de saúde, dos serviços de saúde, somos 17", insistiu ele. Por essa razão, ele afirmou que é necessário um plano "adequado" para evitar ir "de remendo em remendo" e que itens orçamentários "significativos" devem ser alocados para a saúde.
ESTATUTO DA ESTRUTURA E PLANO DE VERÃO
Por outro lado, questionado sobre a posição da sociedade com relação ao Estatuto Marco e à convocação de greve pela Confederação Estadual dos Sindicatos Médicos (CESM) em defesa de um texto próprio para o grupo de médicos, José Polo demonstrou o apoio do SEMERGEN às reivindicações.
Nesse sentido, ressaltou que o profissional que "deve liderar", o "mais capacitado" e o que "é obrigado a assumir mais responsabilidades" é o médico, algo que detalhou como tendo a ver com sua trajetória curricular, os anos dedicados à formação e à especialização. Por essa razão, ele enfatizou que não se trata de uma questão de "classismo" ou "corporativismo", mas sim de uma questão de reconhecimento, para a qual os médicos não podem ser equiparados a outros profissionais.
Quanto aos planos de verão para que os centros de saúde possam lidar com a demanda durante esse período, o presidente do SEMERGEN foi "otimista" porque a situação inicial no ano passado foi pior do que neste ano. "Acho que este ano, depois de muita insistência dos médicos que estão em consulta, as comunidades planejaram com mais tempo", disse ele.
Como ele explicou, os planos de migração para os residentes já estão sendo estabelecidos em muitas comunidades, enquanto algumas estão oferecendo contratos aos residentes com condições destinadas a mantê-los. Sobre esse ponto, ele ressaltou que as regiões autônomas não devem ver isso como uma "competição" entre elas para "roubar" profissionais.
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