Publicado 14/11/2025 15:16

O SEMDOR propõe a implementação de uma triagem sistemática para dor neuropática nos check-ups de pacientes com diabetes.

Mais da metade dos casos de dor neuropática diabética não é identificada nos estágios iniciais.

Archivo - Arquivo - Mulher idosa com diabetes
GETTY IMAGES/ISTOCKPHOTO / @CLEMENTAMORENO

MADRID, 14 nov. (EUROPA PRESS) -

A Sociedade Espanhola Multidisciplinar de Dor (SEMDOR) propôs a implementação de uma triagem sistemática para a dor neuropática nos check-ups regulares de pessoas com diabetes, tanto na Atenção Primária (AP) quanto na Endocrinologia, com o objetivo de reduzir os atrasos, evitar a cronificação evitável e facilitar um melhor tratamento.

No Dia Mundial do Diabetes, a sociedade científica lembrou que até metade das pessoas com diabetes desenvolverá algum tipo de neuropatia e, entre elas, um número significativo sofrerá dor neuropática, uma condição crônica que envolve dor diária de intensidade moderada a grave para cerca de 80% dos pacientes, que relatam que isso afeta o sono, a função e a qualidade de vida.

"Estamos falando de um problema frequente e, muitas vezes, silencioso", disse o presidente da SEMDOR, Luis Miguel Torres Morera. Nesse sentido, vários estudos mostram que mais da metade dos casos não são identificados nos estágios iniciais e alguns trabalhos na prática real elevam esse número para 80%. "Detectar precocemente e agir em equipe faz a diferença para as pessoas com diabetes que sofrem de dor", disse Torres.

Nesse contexto, o SEMDOR enfatizou a necessidade de fortalecer a colaboração entre os níveis de atendimento e as especialidades, por meio da definição de circuitos de encaminhamento e tempos de resposta conhecidos por todos os níveis. A abordagem da dor neuropática envolve profissionais da Atenção Primária, Endocrinologia, Unidades de Dor, Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia e Farmácia, uma colaboração que garante a continuidade do atendimento, o ajuste terapêutico e a educação consistente, além de melhorar a adesão e os resultados clínicos.

Além disso, o SEMDOR solicitou treinamento específico e contínuo para os profissionais na detecção, avaliação e tratamento da dor neuropática, a fim de reduzir o subdiagnóstico e os atrasos terapêuticos. Ao mesmo tempo, enfatizou que a educação sobre dor para pacientes e cuidadores sobre sintomas, autocuidado e expectativas realistas melhora a comunicação clínica e promove decisões compartilhadas.

Para garantir a melhora sustentada ao longo do tempo, ele apontou a necessidade de medir os resultados em termos de intensidade da dor, sono, função e qualidade de vida, bem como a tolerância ao tratamento, e de ajustar os medicamentos e as estratégias não farmacológicas de acordo com o acompanhamento realizado. Como ele ressaltou, é aconselhável que esses indicadores sejam registrados no histórico clínico para orientar a prática e facilitar a avaliação do atendimento.

"Não se trata apenas de dor; trata-se de incapacidade e custo social evitáveis", disse o Dr. Torres, que concluiu enfatizando que "o sistema ganha" quando é possível diagnosticar mais cedo e tratar melhor.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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