Publicado 02/12/2025 09:56

Saúde reforça seu compromisso com a longitudinalidade na Atenção Primária com a publicação de um documento técnico

Imagem do Secretário de Estado da Saúde, Javier Padilla, durante sua participação no evento.
MINISTERIO DE SANIDAD

A OMS e o Observatório Europeu de Sistemas e Políticas de Saúde colaboraram com o texto.

MADRID, 2 dez. (EUROPA PRESS) -

O Ministério da Saúde, em colaboração com o Escritório Regional para a Europa da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Observatório Europeu de Sistemas e Políticas de Saúde, publicou uma nota técnica com recomendações estratégicas para reforçar a longitudinalidade na Atenção Primária, uma dimensão da saúde entendida como a relação sustentada entre as pessoas e seus profissionais de referência ao longo do tempo.

O Ministério da Saúde destaca que a longitudinalidade na Atenção Básica tem se consolidado como um fator-chave para a melhoria do sistema de saúde. Vários estudos analisados no documento mostram que uma maior longitudinalidade está associada a uma redução de até 30% na mortalidade em pacientes com relações estáveis com seu profissional de atenção primária por mais de 15 anos.

Além disso, os pacientes com atendimento longitudinal têm até 28% menos internações hospitalares e 30% menos visitas ao departamento de emergência em comparação com aqueles sem atendimento longitudinal. Isso também permite um melhor controle de doenças crônicas, como diabetes, demência ou hipertensão, melhor adesão aos tratamentos e menos erros de prescrição, especialmente em pessoas com várias patologias.

Além disso, melhora a eficiência do sistema de saúde, com possíveis reduções de até 5,2% na demanda total de consultas, graças a relacionamentos estáveis que evitam re-consultas desnecessárias.

O Ministério enfatiza que esses benefícios são particularmente significativos para idosos, pacientes complexos e pessoas em situações de vulnerabilidade socioeconômica, que exigem maior continuidade e atendimento personalizado.

ESTRATÉGIAS PARA CONSOLIDAR A LONGITUDINALIDADE

O Ministério da Saúde explica que está promovendo uma estratégia abrangente baseada em cinco eixos para fortalecer essa dimensão fundamental do modelo de atendimento. O primeiro eixo se concentra na estabilidade profissional, por meio da redução do emprego temporário com contratos duradouros, incentivos em áreas de difícil cobertura e oportunidades de desenvolvimento profissional contínuo.

Além disso, os pacientes são organizados em microequipes compostas por médicos de família, enfermeiros e pessoal administrativo, com cotas atribuídas, que funcionam como uma unidade básica de referência para o acompanhamento longitudinal. O terceiro eixo é a digitalização com foco na continuidade, que inclui registros médicos interoperáveis, consultas prioritárias com o profissional habitual e ferramentas digitais focadas no relacionamento entre a pessoa e o profissional.

O quarto ponto é a estratificação da população com o uso de grupos de morbidade ajustados para identificar pacientes altamente complexos e priorizar intervenções com uma abordagem longitudinal. Por fim, a implementação de métricas como o "prestador habitual de cuidados" (UPC), o tempo médio de relacionamento com o profissional e a duração do serviço, para avaliar e comparar a longitudinalidade nas diferentes comunidades autônomas.

O relatório destaca que a preservação dessa continuidade requer um projeto intencional do modelo organizacional, especialmente em um contexto de crescente demanda por cuidados, envelhecimento da população e escassez de profissionais.

"Esse compromisso está incorporado no Plano de Ação de Atenção Primária e Comunitária 2025-2027, que coloca a longitudinalidade como um dos pilares para garantir uma atenção acessível, equitativa, personalizada e sustentável", conclui o Departamento de Saúde.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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