MADRID 25 nov. (EUROPA PRESS) -
O Sindicato de Enfermeiros (SATSE) exigiu nesta terça-feira que as administrações públicas e as empresas privadas de saúde não deixem impune "um só caso" de assédio sexual ou de gênero, para o qual pediu a implementação real de protocolos de prevenção, atendimento e apoio às pessoas afetadas.
No Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher, o sindicato pediu que o progresso acabe com qualquer tipo de conduta violenta que prejudique a dignidade, a saúde e o desenvolvimento profissional e pessoal das mulheres.
Especificamente, o SATSE concentrou-se em duas das muitas formas de violência contra a mulher, como o assédio sexual e o assédio por motivo de sexo no local de trabalho, que, segundo o sindicato, são "as mais frequentes" e "as mais invisíveis", além do fato de que "na grande maioria dos casos" os agressores ficam impunes, o que faz com que a situação se repita ou até mesmo se agrave com o tempo.
"Essas duas formas de violência são um ataque direto aos direitos fundamentais das mulheres e à igualdade efetiva entre mulheres e homens", afirmou a organização sindical em um comunicado à imprensa.
Por esse motivo, lançou várias ações de informação e conscientização, sob o slogan "Sim, acontece... É assédio", juntamente com uma macropesquisa realizada entre 7.387 enfermeiros e fisioterapeutas de todo o país. Os resultados do estudo, apresentados na semana passada, mostram que até metade dos profissionais já sofreu assédio sexual ou de gênero, mas oito em cada dez não o denunciam, principalmente devido à falta de conhecimento do processo a ser seguido e à desconfiança em sua eficácia.
IMPLEMENTAÇÃO E CONFORMIDADE COM OS PLANOS DE IGUALDADE
Em vista desses dados, o sindicato solicitou ações por parte das administrações, empresas e profissionais. Em particular, exigiu que os departamentos de saúde privados e as empresas sejam "especialmente exigentes" na implementação e no cumprimento dos planos e protocolos de igualdade existentes para melhorar a prevenção, a detecção precoce, a denúncia e o apoio e aconselhamento às vítimas.
"Não podem ser documentos que não são conhecidos, que não são desenvolvidos, que não protegem, que não ajudam as vítimas e que não têm consequências para o agressor", indicou o SATSE, especificando que os protocolos devem ser negociados com os representantes dos trabalhadores para garantir sua aplicação, divulgação e eficácia.
Por outro lado, a organização enfatizou que a proteção da vítima contra possíveis represálias deve ser sempre garantida, e com a mais estrita confidencialidade. O acesso a apoio psicológico e jurídico também deve ser garantido caso seus direitos trabalhistas tenham sido violados.
Para fortalecer a prevenção, ela instou o desenvolvimento de atividades permanentes de treinamento e informação, destinadas a todos os funcionários, sem exceção e de forma obrigatória, bem como campanhas de conscientização. Além disso, solicitou que o assédio sexual e de gênero fosse incluído nas avaliações de risco ocupacional como um risco psicossocial, e que fossem realizados estudos regulares sobre a prevalência e as causas desses tipos de assédio.
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