MADRID 7 mar. (EUROPA PRESS) -
O Sindicato dos Enfermeiros (SATSE) denunciou que a diferença salarial entre homens e mulheres é uma realidade laboral "invisível" que está "prejudicando" grupos profissionais feminizados, como enfermeiros e fisioterapeutas, "sem o desenvolvimento de políticas públicas eficazes com enfoque de gênero no Sistema Nacional de Saúde (SNS)".
Por isso, por ocasião do Dia Internacional da Mulher, o SATSE propôs um decálogo de medidas e ações às administrações públicas e empresas privadas de saúde para acabar com a "disparidade salarial" de gênero de que são vítimas os enfermeiros e fisioterapeutas.
Assim, o sindicato pede ações como a garantia de participação igualitária em todas as áreas e níveis das organizações de saúde, com uma representação de pelo menos 60% de mulheres, a fim de se adaptar à proporção real de gênero nos coletivos de saúde.
Também exige mais oportunidades de promoção e crescimento na carreira adaptadas ao ciclo de vida. Também exige mais estabilidade e racionalização no planejamento da jornada de trabalho, com antecedência suficiente, a possibilidade de treinamento no horário de trabalho e a limitação e limitação das necessidades de serviço ou situações especiais que surjam em termos de horário de trabalho e licença.
O SATSE também considera necessário penalizar os gerentes que não desenvolvem políticas de igualdade e generalizar políticas de trabalho flexíveis que respeitem o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, as licenças, o descanso entre turnos e a desconexão digital. "Também é preciso garantir uma remuneração adequada ao treinamento, às habilidades e às responsabilidades de ambas as profissões", diz ele.
Outras demandas da organização sindical incluem o reconhecimento de uma classificação profissional semelhante à de outras profissões de graduação com treinamento de 240 créditos, o treinamento de especialistas e a sobreposição de horas de trabalho em todas as comunidades autônomas.
CARREIRA
O SATSE enfatiza que a diferença salarial entre os gêneros ocorre, em primeiro lugar, porque as mulheres ganham menos dinheiro, pois trabalham em tempo parcial e assumem mais encargos fora do local de trabalho do que os homens. A esse respeito, lembra que, do número total de pessoas empregadas em tempo parcial para cuidar de crianças ou adultos doentes, pessoas com deficiência ou idosos, mais de 93% são mulheres.
Elas também solicitam licença para cuidar de crianças (86,9% do número total de solicitações são de mulheres e 13,1% de homens) e outras licenças vinculadas ao salário, como licença para cuidar de familiares (74,9% do número total de solicitações são de mulheres e 25,1% de homens).
Por fim, o SATSE aponta outra circunstância, a saber, que as enfermeiras têm menos probabilidade de obter empregos de nível superior e cargos de liderança com salários mais altos. Sobre esse ponto, o sindicato lembra que, de acordo com o Ministério da Saúde, há 4,8% de líderes homens e 3,4% de mulheres, apesar do fato de que "há seis vezes mais enfermeiras do que homens".
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