Publicado 11/04/2025 05:47

A SATSE denuncia que a Atenção Primária foi "pervertida" pelo investimento público "insuficiente"

Archivo - Arquivo - Colete de Satse em uma foto de arquivo.
SATSE - Archivo

MADRID 11 abr. (EUROPA PRESS) -

O Sindicato de Enfermeiros, SATSE, denunciou que a Atenção Primária foi "pervertida" por um investimento público "insuficiente", o que levou a uma escassez de profissionais e ao fato de que não pode "cumprir" suas funções de promoção e prevenção da saúde, tanto em nível individual quanto na comunidade.

O "déficit crônico" nos níveis de pessoal também impossibilita que os enfermeiros desempenhem sua função em muitas ocasiões, com uma enfermeira tendo que atender mais de 1.500 pessoas em seu centro de saúde, chegando a 2.000 em alguns casos, enquanto que, no caso dos fisioterapeutas, a maioria dos centros de saúde não conta com esse profissional de saúde.

Por todas essas razões, ele destacou que a lei sobre a proporção de enfermeiras, promovida pelo próprio sindicato, ainda está pendente no parlamento, apesar do fato de que ela poderia "melhorar progressivamente" o serviço prestado nos centros de saúde.

Em vista do Dia da Atenção Primária, que será comemorado neste sábado, o SATSE também enfatizou que os sucessivos planos de ação promovidos pelo governo "estão cheios de compromissos que nunca são implementados" e que, se o são, é de forma "deficiente e fragmentada".

Além de aumentar o número de funcionários e melhorar as condições de trabalho, o sindicato exigiu que os enfermeiros e fisioterapeutas possam ter maior autonomia e desenvolver suas funções, embora sempre dentro de suas competências, para que possam assumir um papel maior na tomada de decisões em áreas de responsabilidade, como a gestão dos centros.

Essa possibilidade é "vetada", pois esses profissionais pertencem à classificação profissional A2, o que os impede de assumir cargos de gestão e responsabilidade, apesar de terem as "qualificações, preparação e experiência necessárias".

Por isso, a SATSE solicitou ao Ministério da Saúde que altere essa situação no âmbito das negociações para a reforma do Estatuto Marco, considerando que sua proposta é uma "melhoria" em termos de reclassificação profissional, capacidade de gestão e reconhecimento de remuneração.

O sindicato ressaltou que a atenção primária se baseia no atendimento e na reabilitação das pessoas, bem como na promoção e prevenção da saúde individual e coletiva, algo regulamentado pela Lei 14/1986, de 25 de abril, de Saúde Geral, que estabelece que os centros de saúde serão dotados dos recursos pessoais e materiais necessários.

Ele também destacou que a declaração resultante da Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada em 1978, em Alma Ata (Cazaquistão), conclui que os governos têm a responsabilidade de "canalizar apoio técnico e financeiro crescente" para cumprir seu principal objetivo de proteger e promover a saúde para todas as pessoas, um compromisso reafirmado em 2018 durante a Conferência Mundial sobre Cuidados Primários de Saúde em Astana.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

Contador