Publicado 05/11/2025 08:48

O SATSE denuncia que as novas ofertas de emprego público são insuficientes e não acabarão com o emprego temporário.

Archivo - Arquivo - Cirurgia, sutura, sala de cirurgia.
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MADRID 5 nov. (EUROPA PRESS) -

O Sindicato dos Enfermeiros (SATSE) denunciou que as novas ofertas públicas de emprego que foram lançadas este ano nas diferentes comunidades autônomas, após o processo extraordinário de estabilização de posições, são insuficientes "para cobrir apenas necessidades específicas e não respondem ao grave problema do emprego temporário que ainda sofre em seus respectivos serviços de saúde".

A União lembra que, "forçados por pronunciamentos da justiça europeia", os vários governos autônomos iniciaram em 2023 um processo extraordinário de estabilização do emprego que foi concluído entre 2024 e este ano em cada território, com exceção das Ilhas Canárias, Valência e País Basco.

No momento, diferentes regiões autônomas iniciaram novos processos seletivos que, de acordo com a SATSE, "ainda estão longe do objetivo de que milhares de enfermeiros e fisioterapeutas deixem de ter contratos temporários de dias, semanas ou meses e possam estabilizar sua situação de emprego".

O SATSE entende que, uma vez que a pressão social diminuiu, as diferentes administrações autônomas estão voltando a "abusar" do emprego temporário, mesmo que isso "torne o trabalho dos profissionais mais precário" e "dificulte muito" a conciliação entre trabalho e vida pessoal.

"Esse alto nível de trabalho temporário, que nos últimos anos atingiu taxas de até 60% do total da força de trabalho, também tem um efeito negativo na atenção e no atendimento às pessoas, já que a instabilidade e a rotação excessiva dos profissionais levam a um menor conhecimento das peculiaridades, dos protocolos de trabalho e dos recursos existentes em cada serviço", destaca o SATSE.

ESTATUTO DA ESTRUTURA

Diante dessa realidade, o sindicato tem exigido, desde o início das negociações com o Ministério da Saúde, que a reforma do Estatuto Marco do pessoal estatutário dos serviços de saúde estabeleça a convocação de testes seletivos pelo menos a cada dois anos em cada serviço de saúde e que estes sejam resolvidos "rapidamente" para que não se sobreponham uns aos outros.

Uma exigência que foi inicialmente contemplada no texto desse projeto de lei, mas que em sua última versão, e após a pressão das comunidades autônomas, foi modificada para permitir convocações a cada três anos, de acordo com a organização sindical.

O SATSE também exigiu que o Estatuto de Enquadramento regulasse a mobilidade voluntária por meio da implementação de concursos de transferência abertos e permanentes em todos os serviços de saúde, evitando assim a dependência de convocações específicas que "nunca ocorrem com a frequência necessária e têm um impacto negativo no equilíbrio entre a vida profissional e pessoal dos funcionários dos serviços de saúde".

O Sindicato também é favorável à criação de um Observatório da Temporariedade no SNS, com a participação das organizações sindicais presentes na Esfera de Negociação, que, além de monitorar permanentemente a situação em cada região autônoma e no SNS como um todo, poderia propor medidas e ações para evitar o uso excessivo da temporariedade pelos serviços de saúde.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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