RAUL VALCARCEL/ ISTOCK - Arquivo
MADRID 22 dez. (EUROPA PRESS) -
O Sindicato de Enfermeiros (SATSE) denunciou que a "grande maioria" dos hospitais da Espanha está sofrendo situações de saturação e colapso, já que as respectivas Secretarias de Saúde não fizeram "seu dever de casa" e não reforçaram o pessoal de enfermagem, entre outras ações.
Assim, a SATSE destaca que a incidência da gripe A, juntamente com a COVID-19 e o vírus sincicial respiratório (VSR), atingiu níveis muito altos e acusa as administrações de não implementarem planos de contingência eficazes para evitar essa situação.
O Sindicato denuncia que situações como pacientes em corredores, falta de leitos, salas de espera superlotadas e longos atrasos estão se repetindo em toda a Espanha. O SATSE já havia denunciado esses problemas em hospitais de Madri, Valência, Catalunha, Navarra, Cantábria e Andaluzia.
MAIS CASOS
A organização sindical também aponta que o aumento das hospitalizações está se concentrando especialmente em pessoas vulneráveis, como as com mais de 65 anos, e que é previsível que o número de casos aumente durante as férias de Natal devido ao aumento da interação social por causa das visitas e reuniões familiares.
"Problemas semelhantes aos dos anos anteriores e a mesma falta de planejamento adequado de recursos por parte das Secretarias de Saúde como um todo, que, mais uma vez, optam por deixar os profissionais que atuam nas emergências dos hospitais, bem como em outros serviços desses centros de saúde, 'resistirem à tempestade'", ressalta o Sindicato.
ATENÇÃO PRIMÁRIA, "SATURADA".
O SATSE destaca que a situação também é preocupante nos centros de saúde, onde as agendas estão "saturadas" e as esperas para serem atendidas chegam a 10 dias, o que leva as pessoas a recorrerem aos serviços de urgência. "Há ainda o agravante de que, em algumas regiões autônomas, os centros de saúde estão fechados à tarde", acrescenta.
O Sindicato exigiu, em outubro passado, que todas as administrações de saúde desenvolvessem planos de ação eficazes, mas constatou que em muitas regiões autônomas isso não foi feito, enquanto naquelas que garantiram a implementação de ações para reforçar o quadro de pessoal em hospitais e centros de saúde, observa-se que elas são "insuficientes".
Por esse motivo, a SATSE insiste na necessidade urgente de que os departamentos de saúde parem de "olhar para o outro lado" e tomem as medidas necessárias para que as semanas restantes de baixas temperaturas não levem a mais colapso e saturação nos hospitais e centros de saúde.
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