Alejandro Martínez Vélez - Europa Press
MADRID 12 dez. (EUROPA PRESS) -
O ministro da Juventude e da Infância, Rego, pediu nesta sexta-feira que se mantenha a luta contra o estigma do HIV e que se garantam processos de saúde "mais ágeis e menos burocráticos", já que a saúde "é um direito" e é responsabilidade do Estado garanti-la "sem barreiras e sem demora".
"Falar de HIV é falar de cidadania, é falar de igualdade, é falar de direitos e não devemos fazer isso apenas no dia 1º de dezembro, estamos absolutamente convencidos disso e estamos absolutamente comprometidos, devemos falar o ano inteiro, todos os dias devemos contribuir para quebrar estigmas", disse ela durante seu discurso no evento 'HIV Vertical: nascer e crescer com HIV', organizado em conjunto com o CESIDA.
A ministra lembrou o progresso da Espanha na prevenção da transmissão vertical do HIV, que passou de mais de 26% no início dos anos 90 para cerca de 0,7% atualmente. "Isso não é coincidência; é graças a serviços públicos de qualidade", disse ela.
Por outro lado, ela destacou o movimento que "lutou durante décadas para democratizar o acesso ao tratamento e colocar a saúde no centro"; e enfatizou que o estigma continua sendo "uma forma de violência que condiciona vidas, gera silêncio e impede que muitas pessoas tenham acesso a recursos ou redes de apoio".
A CESIDA BUSCA COLOCAR "O VIH NO CENTRO DO DISCURSO".
Por sua vez, o Secretário Geral da CESIDA, Oliver Marcos, destacou a importância de que este evento seja realizado fora do dia 1º de dezembro, Dia Mundial do HIV, para deixar claro que a luta e o cuidado das pessoas com HIV devem ser mantidos 365 dias por ano.
"Não podemos ignorar o fato de que a infecção pelo HIV não é apenas uma questão biomédica, mas também uma questão de justiça social", e por isso, ele defende "destacá-la" na agenda da mídia além do Dia Mundial. Ele lamentou que o grupo às vezes se sinta "usado", e pediu que a mídia fale sobre o assunto, mas que coloque "o HIV no centro do discurso".
A CESIDA, coordenadora nacional que reúne 79 organizações em todo o país, trabalha diariamente no atendimento a pessoas com HIV e na defesa de seus direitos, bem como em políticas de prevenção e acesso a exames de saúde sexual. Marcos enfatizou a necessidade de "ouvi-los, acolhê-los e criar espaços" onde eles possam falar, porque suas "experiências são o melhor roteiro para a ação política".
O evento também contou com a participação de Marisa Navarro, pediatra do Hospital Gregorio Marañón e membro do Tribunal de Crianças e Adolescentes com HIV na Espanha (CORISPE), que destacou a vulnerabilidade de crianças e adolescentes com HIV. "Crescer com o HIV é complicado e requer apoio especializado", disse ela.
Além disso, três pessoas que nasceram com HIV foram apresentadas e compartilharam sua experiência: Sara del Arco, ativista e técnica de Saúde Comunitária; Iván Garrido, psicólogo e diretor do Projeto Kintsugi; e Belén Romero García, técnica social com experiência em deficiência. Os testemunhos dessas pessoas, que convivem com a infecção desde a infância, procuraram enfocar suas necessidades e direitos, e mostrar como elas têm vivido com o HIV na Espanha.
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