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MADRID 27 nov. (EUROPA PRESS) -
O candidato eleito nas eleições presidenciais em Guiné-Bissau, Fernando Dias da Costa, disse na noite de quarta-feira que havia escapado dos militares que o prenderam junto com o principal líder da oposição do país, Domingos Simões Pereira, como parte do golpe anunciado pelo exército, após o que ele indicou que está "em um lugar seguro".
Sua prisão, que teria ocorrido após uma reunião com observadores eleitorais da CEDEAO e da União Africana, foi frustrada graças à "pronta intervenção dos jovens" que estavam na sede da campanha, de acordo com o próprio Dias da Costa em um vídeo postado na conta de Simões no Facebook.
"Saímos pelas portas dos fundos do prédio, eles nos perseguiram de todas as formas e, felizmente, conseguimos escapar deles", disse ele, antes de afirmar que estava "em um lugar seguro". Ele então conclamou a população a sair "em massa" para defender os resultados das eleições e a democracia.
Ele também exigiu "incondicionalmente" a libertação de Simões "e de todos os outros presos até agora". "Esse é um pedido às autoridades que orquestraram esse golpe, que ainda não confirmamos como tal".
Nesse sentido, Dias da Costa tem insistido na tese de um autogolpe. Segundo ele, o atual presidente, Umaro Sissoco Embaló, "simplesmente inventou esse golpe porque percebeu que não tinha condições de ganhar as eleições". "Ele perdeu (...) e percebeu que amanhã seria a leitura final dos resultados das eleições, então resolveu inventar uma coisa chamada golpe de Estado", disse.
Nessa linha, ele denunciou a falta de segurança para os candidatos presidenciais e pediu "que a União Africana assuma sua posição sobre como o evento ocorreu, em sua presença" e que "a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) assuma sua responsabilidade, já que foi ela quem supervisionou todo o processo eleitoral e todas as falhas que já havíamos denunciado, das quais ela tinha conhecimento".
As declarações de Dias da Costa surgiram no contexto das ações em torno do anúncio de um golpe de Estado e da destituição do presidente, Umaro Sissoco Embaló, pelas Forças Armadas da Guiné-Bissau, em meio às tensões sobre as eleições gerais realizadas no domingo, processo que declararam "suspenso", pouco depois de o presidente ter denunciado que havia sido preso pelos militares em seu gabinete no Palácio Presidencial, embora o próprio Simões tenha questionado a denúncia de golpe de Estado feita pelo presidente.
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