BARCELONA, 21 nov. (EUROPA PRESS) -
Um estudo europeu com a participação do Hospital de Bellvitge em L'Hospitalet de Llobregat (Barcelona) revelou que, na dor crônica não específica nas costas, aspectos psicológicos como preocupação excessiva com a dor - catastrofismo - ou medo de se mover - cinesiofobia - podem explicar até 35% da incapacidade.
O impacto é "especialmente relevante" em muitas mulheres após a menopausa, um estágio no qual fatores biológicos e sociais se unem, bem como a perda de massa muscular associada à idade, informa o Hospital de Bellvitge em um comunicado na sexta-feira.
A pesquisa analisou 276 pessoas (72% mulheres) com dor lombar crônica não específica, com duração média da dor de quase 6 anos e intensidade média de 6,7 em 10, atendidas em hospitais de Navarra, Valência, Lleida e L'Hospitalet.
Os resultados reforçam o modelo biopsicossocial da dor e destacam a necessidade de o tratamento "se concentrar na educação em saúde e no exercício físico", além dos procedimentos médicos intervencionistas.
O PAPEL DA MENTE
O estudo confirma que a intensidade da dor e a incapacidade estão "apenas moderadamente correlacionadas", enquanto as crenças negativas sobre a dor estão altamente correlacionadas com a incapacidade.
O coautor do estudo e cirurgião de coluna do Hospital Bellvitge, Iago Garreta, destacou que o que se pensa sobre a dor pode intensificá-la: "Com a mesma dor, há pessoas que podem continuar com suas atividades e outras que veem suas vidas como muito limitadas".
Essas crenças podem ser modificadas com educação em saúde, exercícios progressivos e estratégias psicológicas adequadas.
Nesse contexto, o estudo clínico piloto 'In shape', liderado por Bellvitge, demonstrou que esse tipo de programa é viável no sistema público e, além disso, sugere que pode melhorar a incapacidade e a saúde emocional, contribuindo para a redução de cirurgias por dor nas costas.
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