Diego Radamés - Europa Press - Arquivo
Também por seu trabalho à frente do Ministério da Saúde e pelo uso do CISNS.
MADRID, 16 dez. (EUROPA PRESS) -
O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira a reprovação da ministra da Saúde, Mónica García, por proposta do PP, por sua gestão do Estatuto Marco, seu trabalho à frente do Ministério e seu "uso partidário e sectário" do Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde.
Dessa forma, a iniciativa foi adiante graças à maioria absoluta do PP. A senadora popular Rosa María Romero, que defendeu a reprovação, denunciou o "caos alarmante" na saúde espanhola e criticou a "incapacidade absoluta" da ministra de "gerenciar e responder aos problemas enfrentados pelo sistema de saúde".
"Mónica García fez história, sim, mas como a pior ministra da Saúde que a Espanha já teve", disse Romero, e depois a acusou pelo fato de que em seus dois anos à frente do Ministério "ela não resolveu os desafios existentes e criou outros que não existem".
Ela também pediu a retirada do Estatuto da Estrutura apresentado pelo Ministério da Saúde, pois o considera uma "bagunça". Por esse motivo, ela solicitou a convocação do Fórum de Estrutura para o Diálogo Social, sentando-se com os profissionais e as comunidades autônomas e "começando do zero".
Depois disso, ele garantiu que a iniciativa do PP também pretende "defender os profissionais de saúde, os pacientes e a saúde pública". "Porque a saúde não é governada usando um Ministério para que Mónica García possa fazer sua campanha eleitoral em Madri. Isso é intolerável. Você governa ouvindo aqueles que salvam vidas todos os dias", reprovou.
"Por responsabilidade política, por dignidade institucional e porque está em jogo a saúde, o bem mais precioso que todos os cidadãos têm, pedimos a sua reprovação, pela sua manifesta incompetência, pelo seu desprezo pelos profissionais e porque falhou com aqueles que mais precisam de um Ministério da Saúde à altura", concluiu o 'popular'.
EMENDAS AO ESTATUTO-QUADRO
Por sua vez, a senadora do Más Madrid, Carla Delgado, defendeu uma emenda para instar o Ministério da Saúde a continuar trabalhando com "capacidade de escuta, diligência, conhecimento e solvência" na atualização do Estatuto Marco.
A esse respeito, ela destacou o trabalho de García à frente do Ministério e lembrou que na segunda-feira foi alcançado um pré-acordo com os sindicatos para continuar negociando o Estatuto Marco.
"Ela está trabalhando pela saúde pública e vocês estão trabalhando para desmantelá-la. E, por exemplo, a Comunidade de Madri e a Sra. Isabel Díaz Ayuso", concluiu Delgado.
Da mesma forma, o senador da Vox, Fernando Carbonell, defendeu uma emenda para declarar "claramente" a necessidade de um estatuto-quadro para os médicos.
"Negociado exclusivamente com seus representantes profissionais, não para excluir ninguém, mas para evitar conflitos de interesse e para garantir que aqueles que negociam as condições da profissão médica conheçam e pratiquem essa profissão", apontou Carbonell.
Ele continuou enfatizando que a emenda busca avançar em direção a um modelo de saúde pública "comum e coeso", em que os médicos tenham as mesmas condições de trabalho e os pacientes recebam o mesmo atendimento com os mesmos padrões de qualidade.
"NÃO SE TRATA DE UM TEXTO PROPOSITIVO".
O senador do PP, Enrique Ruiz Escudero, afirmou que seu grupo rejeita ambas as emendas, pois, como ele explicou, o objetivo da reprovação é responsabilizar Mónica García por sua gestão à frente do Ministério da Saúde.
"Não é um texto proativo, nem um debate genérico sobre o sistema de saúde, é uma iniciativa de controle parlamentar para exigir a prestação de contas de alguém que, em dois anos, demonstrou uma incapacidade manifesta de administrar e coordenar o Sistema Nacional de Saúde", disse Ruiz Escudero.
O 'popular' enfatizou que as emendas apresentadas tentam "diluir" a responsabilidade de García e transformar a reprovação em uma "lista de intenções", mudando "o foco do debate".
"Portanto, acreditamos que devemos fazer uma avaliação concreta da gestão e ter uma posição política clara, que é reprovar a ministra Mónica García", concluiu.
PSOE, JUNTS E PNV, CONTRA
Durante seu discurso, a senadora do PNV, Nerea Ahedo, anunciou que votaria contra e ressaltou que o Ministério havia chegado a um pré-acordo com os sindicatos, de modo que a greve anunciada para janeiro seria suspensa. "Vamos deixar o texto ser negociado", acrescentou Ahedo, que criticou o fato de que "a oposição do PP não contribui com absolutamente nada".
Por sua vez, o senador do PSOE Kilian Sánchez, que também lembrou o pré-acordo com os sindicatos, disse que a reprovação é "uma manobra de diversão" por parte dos 'populares'. "Não passa de uma manobra de diversão do PP para encobrir sua vergonha onde governa, como em Madri, Extremadura e Andaluzia", disse ele.
Por fim, o senador da Junts, Eduard Pujol, indicou que, apesar de ter votado contra, eles darão a García a tarefa de descobrir em detalhes a gestão de Salvador Illa como ministro da Saúde durante o período da Covid: "Você colocaria sua mão no fogo pela gestão do ministro Salvador Illa?
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