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MADRID 17 dez. (EUROPA PRESS) -
Pessoas com diabetes têm um risco 73% maior de sofrer um infarto do miocárdio, de acordo com dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF), que também mostra um aumento na probabilidade de sofrer outras complicações cardíacas, como derrame (54% a mais) ou insuficiência cardíaca (84% a mais).
Além dessas, há outras, como doenças oculares, demência vascular ou relacionadas aos rins, sendo que até 27,9% dos pacientes diabéticos espanhóis têm algum grau de doença renal crônica.
Seu impacto não é apenas clínico, mas também econômico, pois cada pessoa com diabetes representa um custo médio anual de cerca de 4.120 euros para o Sistema Nacional de Saúde (SNS), o que representa um custo adicional de 78% em comparação com a população sem diabetes.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, mais de 50% dos custos diretos do diabetes estão "diretamente relacionados" a essas complicações. Além disso, o relatório DatosPOPSalud sobre problemas de saúde - situação do emprego em 2023 mostra que quase 15% das pessoas com diabetes estão desempregadas ou inativas no trabalho, e que a prevalência da doença é maior nas faixas de renda mais baixas e em determinadas regiões.
"Essa combinação de alta carga de cuidados, maior vulnerabilidade socioeconômica e desigualdades territoriais reforça a necessidade de investir em prevenção e monitoramento rigoroso para evitar a progressão para complicações", disse a Federação Espanhola de Diabetes (FEDE).
Muitas dessas complicações se desenvolvem de forma progressiva e silenciosa, o que significa que os sintomas passam despercebidos por anos se não houver um monitoramento adequado, razão pela qual o presidente da FEDE, Antonio Lavado, apontou a necessidade de aumentar a conscientização de que abordar esses riscos precocemente pode reduzir "consideravelmente" o impacto da doença em nível clínico e econômico.
"Na FEDE, temos o compromisso de gerar e divulgar evidências que tornem visíveis as necessidades reais desse grupo e contribuam para promover mudanças efetivas nos cuidados com a saúde e nas políticas públicas", disse Lavado.
Por fim, ele enfatizou a importância de ter dados sólidos, atualizados e bem analisados para orientar a tomada de decisões no campo da saúde, para que possam ser traduzidos em políticas públicas eficazes.
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