Publicado 29/12/2025 14:46

Pesquisadores destacam o potencial das bombas de calor de alta temperatura para enfrentar os desafios da descarbonização

Potencial das bombas de calor de alta temperatura para enfrentar os desafios da descarbonização
CSIC

MADRID, 29 dez. (EUROPA PRESS) -

A descarbonização do setor industrial envolve desafios cujas soluções às vezes trazem novos desafios, como no caso das bombas de calor, que são postuladas como um caminho para a descarbonização, de acordo com os pesquisadores, embora eles acrescentem que seus refrigerantes apresentam problemas ambientais, de segurança e operacionais.

Assim, um grupo internacional - com a participação do Conselho Nacional de Pesquisa da Espanha (CSIC) por meio do Instituto de Ciência dos Materiais de Madri (ICMM-CSIC) - reflete sobre o potencial e as oportunidades das bombas de calor de alta temperatura baseadas em ciclos de gás e de estado sólido.

"A compressão de vapor é um método muito eficiente, mas seus refrigerantes apresentam problemas ambientais e de segurança. Além disso, essas técnicas impedem a operação de bombas de calor em temperaturas acima de 300 graus Celsius", explica Miguel Muñoz Rojo, pesquisador do CSIC no ICMM e um dos autores do artigo, que analisa as principais descobertas no campo para demonstrar o potencial dessas tecnologias.

Segundo ele, "o desenvolvimento de tecnologias que possam recuperar e bombear calor em altas temperaturas é essencial para aproveitar o calor residual da indústria e melhorar a eficiência de seus processos".

Esse trabalho - publicado na revista Nature Energy - explica que, como as bombas de calor atuais não podem operar acima de 600 graus Kelvin (equivalente a pouco menos de 326 graus Celsius), "muitos processos industriais que operam acima dessa temperatura usam combustíveis fósseis ou aquecimento elétrico resistivo, o que gera uma quantidade substancial de calor residual não utilizado", ressalta o pesquisador.

"Isso torna essencial o desenvolvimento de tecnologias que recuperem e bombeiem eficientemente o calor em temperaturas tão altas", continua o cientista, que está trabalhando em moduladores térmicos para melhorar o desempenho das baterias graças a uma bolsa ERC Consolidator de dois milhões de euros.

No artigo, os pesquisadores destacam as oportunidades e os desafios das tecnologias emergentes de bombas de calor de alta temperatura que não agridem o meio ambiente, baseadas em sólidos ou gases. "Essas tecnologias têm o potencial de fornecer calor a temperaturas de até 1.600 graus Kelvin (quase 1.327 graus Celsius), por isso oferecemos insights sobre possíveis soluções, aplicações, escalabilidade e um roteiro para o futuro progresso tecnológico", diz o pesquisador.

"A maior oportunidade é que, se formos capazes de bombear esse calor a altas temperaturas, poderemos melhorar a eficiência dos processos industriais, contribuindo verdadeiramente para a descarbonização", continua o cientista, que prevê que "esses avanços nas bombas de calor reduzirão o consumo de combustíveis fósseis e facilitarão a conversão direta de eletricidade em calor, ao mesmo tempo em que aproveitam fontes de calor residual atualmente inexploradas".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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