VALÊNCIA 5 nov. (EUROPA PRESS) -
A Aimplas, Instituto Tecnológico de Plásticos, coordena o projeto Microfago, que pesquisa com microorganismos e vírus para acelerar a biodegradação de bioplásticos.
A iniciativa envolve o Departamento de Biologia Vegetal da Faculdade de Farmácia da Universidade de Valência, a Darwin Bioprospecting Excellence, a Evolving Therapeutics e a empresa Gestión Integral De Residuos Sólidos (Girsa).
A iniciativa propõe "uma solução inovadora: acelerar a decomposição de bioplásticos compostáveis em processos de tratamento de resíduos orgânicos por meio do uso combinado de microorganismos e vírus naturais (fagos) que favorecem uma biodegradação mais rápida e eficiente", explica a organização em um comunicado.
A crescente preocupação com o gerenciamento de resíduos plásticos e a necessidade de reduzir a dependência de combustíveis fósseis impulsionaram o desenvolvimento de bioplásticos, com a capacidade de produção global prevista para atingir 5,7 milhões de toneladas até 2029, de acordo com a Associação Europeia de Bioplásticos. No entanto, a configuração atual de algumas usinas de compostagem e digestão anaeróbica nem sempre garante que esses materiais sejam totalmente degradados, o que representa um desafio para o meio ambiente e para a utilização de resíduos.
A Aimplas enfatiza que esse projeto é um passo adiante para garantir que os bioplásticos realmente cumpram sua função sustentável. "O Microfago nos permitirá melhorar os processos de tratamento de bioplásticos compostáveis sem a necessidade de modificar as instalações existentes, o que é fundamental para facilitar sua implementação", disse Giovanni Gadaleta, pesquisador do Laboratório de Biodegradabilidade e Compostabilidade da Aimplas.
A abordagem do projeto é simples: por um lado, serão usados fagos, que agem sobre as bactérias que impedem a degradação, favorecendo assim o trabalho dos microrganismos benéficos. Por outro lado, a presença de microrganismos que ajudam ativamente a decompor os bioplásticos será aprimorada com a introdução deles no processo para reforçar a biodegradação.
Nas palavras de Gadaleta, "o segredo é identificar os microorganismos mais ativos e garantir que eles estejam presentes em quantidade suficiente para que o processo de decomposição biológica seja realmente eficiente".
Ele também destacou que a eficácia dessas técnicas será avaliada em diferentes escalas - laboratório, piloto e industrial - e será contrastada com os testes de biodegradação ou fragmentação regulamentados pela legislação atual.
BENEFÍCIOS PARA OS NEGÓCIOS E O MEIO AMBIENTE
O projeto não tem apenas um impacto ambiental positivo, mas também um grande valor prático para empresas e usinas de gerenciamento de resíduos. Nesse sentido, Giovanni Gadaleta explicou que "graças a essa abordagem, podemos integrar a biodegradação de bioplásticos compostáveis aos processos atuais sem fazer grandes investimentos em novas infraestruturas. É uma solução que gera um benefício imediato para o setor".
O resultado esperado do projeto é o desenvolvimento de um processo inovador para acelerar a biodegradação de bioplásticos compostáveis de forma ambientalmente segura. Isso está de acordo com os princípios da economia circular, promovendo a recuperação de resíduos, tanto na forma de material quanto de energia, e ajudando a reduzir o impacto dos plásticos no meio ambiente.
Esse projeto é financiado pelo Instituto Valenciano de Competitividade e Inovação (IVACE+i), por meio do programa Projetos Estratégicos em Cooperação em sua chamada 2024, e pelos fundos Feder.
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