MADRID, 14 nov. (EUROPA PRESS) -
A Agência Espacial Europeia (ESA) solicitará aos Estados Membros um orçamento de 22.000 milhões de euros para os próximos três anos durante a conferência ministerial que será realizada nos dias 26 e 27 de novembro em Bremen (Alemanha), organizada em conjunto com o governo alemão.
Embora não esteja entre as propostas que a ESA apresentará aos Estados Membros no final deste mês, a Agência planeja propor na próxima reunião ministerial que a Europa tenha a capacidade de colocar astronautas no espaço, algo que, do ponto de vista tecnológico, "já está sendo considerado", de acordo com fontes da ESA.
A ESA quer que a Europa siga o mesmo nível de investimento no espaço que outras potências, como os Estados Unidos, a China, a Índia, o Japão e a Rússia.
Para isso, ela proporá aos países um programa ambicioso com financiamento de cerca de 22 bilhões de euros para os anos de 2026, 2027 e 2028, estruturado em torno de cinco objetivos principais.
O primeiro objetivo é a proteção do planeta Terra e o controle da mudança climática; o segundo objetivo gira em torno das áreas de exploração e descoberta das origens do universo, por meio de programas de ciência e exploração na superfície da Lua e no planeta Marte; e o terceiro objetivo é fortalecer a autonomia e a resiliência da Europa, garantindo que o continente seja autônomo no desenvolvimento de seus sistemas e capacidades e que o espaço proporcione maior resiliência e sustentabilidade às economias europeias.
O quarto objetivo é dar um grande impulso ao crescimento e à competitividade da economia da Europa e aprimorar as capacidades de sua indústria.
O objetivo final da ESA é inspirar a próxima geração, pois o espaço é uma área que inspira os jovens e vai muito além da vida cotidiana.
A ESA está chegando à conferência ministerial com o objetivo de alcançar um nível de assinatura que lhe permita implementar os programas que propõe. Para isso, ela tem o programa European Resilience from Space (ERS), que se baseia em três pilares principais: observação da Terra, comunicações e navegação por satélite.
AUMENTO DA SEGURANÇA USANDO ATIVOS ESPACIAIS
A Agência Espacial Europeia apresenta esse programa em estreita cooperação com a Europa para reforçar os objetivos de resiliência e segurança da União Europeia usando recursos espaciais.
Ele também visa reafirmar o compromisso da Europa com a exploração espacial, preparando o que poderia ser uma futura capacidade europeia de colocar astronautas no espaço, além de garantir a relevância europeia no campo da observação e da ciência da Terra.
Com vistas à reunião ministerial, a ESA também quer reforçar a colaboração com a União Europeia, dando continuidade a programas-farol como o Copernicus e o Galileo.
A ESA diz que está "trabalhando constantemente" para conseguir que um europeu vá à superfície da Lua, já que até agora só conseguiu chegar a um acordo para que três astronautas voem para a Gateway, a primeira estação espacial a operar em órbita lunar.
Com relação à exploração lunar, a ESA continuará a contribuir com o programa Artemis, fornecendo à NASA os módulos de serviço que são acoplados à espaçonave Orion, que no próximo ano levará astronautas à Lua pela primeira vez desde as missões Apollo.
A proposta europeia também inclui um módulo de habitabilidade e um módulo de reabastecimento para o projeto da estação Gateway.
A ESA diz que sua proposta analisa como o investimento em exploração "é um investimento em prosperidade que cria empregos de alta qualidade e gera benefícios econômicos, desenvolve ciência e tecnologia, inovação e competitividade, e tem um componente emocional e inspirador".
Embora a Agência considere sua proposta para esta reunião ministerial ambiciosa, ela adverte que é muito menos ambiciosa do que a Europa poderia aspirar, pois o investimento médio por cidadão por ano nos Estados-Membros é de cerca de 15 euros, enquanto nos Estados Unidos esse valor é de 220 euros, mais de três vezes maior do que na Europa.
Do ponto de vista da exploração espacial, a Agência Espacial Europeia não tem intenção, neste momento, de restabelecer parcerias com a Rússia, o que não está previsto.
A ESA também reafirmou seu compromisso de garantir todas as oportunidades de voo para os astronautas de carreira, especialmente os da classe de 2022, incluindo o astronauta espanhol Pablo Álvarez.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático