MADRID 21 maio (EUROPA PRESS) -
Um novo estudo revela como os antigos agricultores chineses gerenciaram a fertilidade do solo e os recursos hídricos durante milhares de anos.
Ao analisar isótopos estáveis de carbono e nitrogênio em plantações de painço, a pesquisa fornece evidências isotópicas de longo prazo de práticas de gestão de terras agrícolas na Bacia de Guanzhong, o coração político da China imperial. A pesquisa foi publicada na revista CATENA.
O painço rabo de raposa e o painço comum foram domesticados na China há cerca de 10.000 anos. Por vários milênios depois disso, eles foram as culturas mais importantes do norte da China.
"Os arqueólogos já têm uma boa compreensão do papel do painço na dieta durante o Neolítico", disse o pesquisador Jingwen Liao em um comunicado. "Agora queremos entender como as práticas de cultivo do painço evoluíram da pré-história para o início da história em resposta às flutuações climáticas e ao esgotamento dos nutrientes do solo."
FUNDAMENTAL PARA O FUNCIONAMENTO DO ESTADO
"Em capitais densamente povoadas", acrescenta ele, "manter a produção agrícola era essencial para o funcionamento do estado.
Na dinastia Han (202 a.C. a 220 d.C.), era comum enterrar modelos de celeiros de cerâmica cheios de grãos reais nos túmulos. Esses modelos forneciam materiais ideais para a pesquisa agrícola. "Como eles foram lacrados em um contexto conhecido, não precisamos nos preocupar com a datação", diz Jingwen.
Este estudo obteve 104 valores de isótopos de carbono e nitrogênio de plantações de painço, o maior conjunto de dados desse tipo para plantações antigas desde o Neolítico Final até a dinastia Han nas regiões centrais da China.
"Isso nos permite rastrear mudanças de longo prazo no uso da terra", diz Jingwen.
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