Publicado 05/05/2025 15:08

OSCE alerta para a falta de "transparência" e monitoramento das mídias sociais na eleição presidencial romena

BUCARESTE, 4 de maio de 2025 -- Uma mulher vota durante o primeiro turno da eleição presidencial em uma seção eleitoral em Bucareste, Romênia, em 4 de maio de 2025. Os romenos foram às urnas no domingo para o primeiro turno da eleição presidencial, que fo
Europa Press/Contacto/Cristian Cristel

MADRID 5 maio (EUROPA PRESS) -

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) enfatizou que, embora os direitos dos eleitores tenham sido respeitados nas eleições presidenciais na Romênia, há necessidade de "maior transparência legal" tanto para aqueles que votam quanto para os próprios candidatos, bem como maior controle da campanha nas redes sociais.

"A conduta on-line fraudulenta generalizada dos candidatos, a abordagem fragmentada das autoridades para supervisionar o espaço digital e a falta de transparência na tomada de decisões tiveram um impacto negativo no processo eleitoral", disse a OSCE em um comunicado.

A missão da OSCE observou que a estrutura legal, embora ainda seja adequada para a realização de eleições democráticas, "é excessivamente complexa" e tem "inconsistências" que não foram remediadas com as últimas mudanças adotadas pelo governo após as eleições anuladas de 2024.

Questões fundamentais como a supervisão da publicidade política na Internet e o financiamento de campanhas não foram efetivamente abordadas, embora algumas iniciativas das autoridades em prol da transparência tenham sido destacadas.

"Os direitos dos eleitores foram respeitados e as eleições foram conduzidas de forma eficiente, mas é preciso mais transparência e segurança jurídica tanto para os eleitores quanto para os candidatos", disse a coordenadora especial e chefe de delegação da Assembleia Parlamentar da OSCE, Lucie Potucková.

Ela também destacou que a campanha eleitoral foi conduzida principalmente por meio de plataformas da Internet, o que dificultou o monitoramento eficaz de possíveis irregularidades.

Nesse sentido, o "comportamento fraudulento" adotado pelos diferentes candidatos tem sido "um problema com o qual nem as autoridades nem as próprias plataformas on-line" conseguiram lidar de forma eficiente.

"Com informações limitadas sobre a abordagem das autoridades na esfera digital, perdeu-se a oportunidade de manter o público informado sobre as iniciativas do Estado para melhorar a integridade eleitoral", explicou o chefe do Escritório para Instituições Democráticas e Direitos Humanos (ODIHR) da OSCE, Eoghan Murphy.

Vale lembrar que essas eleições ocorrem depois que o Tribunal Constitucional anulou a eleição presidencial de 2024 apenas alguns dias antes do segundo turno devido a irregularidades no financiamento da campanha do vencedor, Calin Georgescu, e às leis eleitorais nas mídias sociais.

PAPEL DA MÍDIA

A OSCE explicou que, embora o cenário da mídia da Romênia "seja diversificado" e tenha "uma ampla gama de emissoras públicas e privadas, bem como portais de notícias na Internet, o pluralismo foi prejudicado pelo financiamento não transparente dos partidos políticos".

A organização alertou sobre casos de "autocensura e clientelismo" entre políticos e a mídia.

Ela também destacou o papel da emissora pública romena. "Em geral, ela cumpriu sua obrigação legal de garantir uma cobertura de campanha equilibrada e imparcial e de oferecer tempo de transmissão igual e gratuito a todos os candidatos presidenciais".

GEORGE SIMION VENCE COM UMA VITÓRIA ESMAGADORA NO PRIMEIRO TURNO

Os romenos foram às urnas no domingo em meio à sua pior crise política em décadas, depois que o Tribunal Constitucional decidiu, no final de 2024, cancelar o segundo turno de uma eleição presidencial na qual Georgescu venceu o primeiro turno contra todas as probabilidades.

O candidato, que é acusado de ter sido apoiado pela Rússia nessas eleições, teve negado o direito de participar dessa nova eleição, que acabou sendo vencida por um velho conhecido da extrema direita romena, George Simion, que passou para o segundo turno com quase 41% dos votos.

No segundo turno, ele enfrentará o prefeito de Bucareste, o candidato independente Nicusor Dan, que deverá ser apoiado pelo restante dos partidos favoráveis a seguir o caminho e os postulados europeus.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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