Publicado 25/11/2025 06:27

Os lençóis não devem ser trocados a cada mês ou a cada duas semanas: um especialista revela com que frequência trocá-los de verdade

Os lençóis não devem ser trocados a cada mês ou a cada duas semanas: um especialista revela com que frequência trocá-los de verdade
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MADRID 25 nov. (EUROPA PRESS) -

Trocar os lençóis não é apenas uma questão de ordem ou rotina: é também um gesto higiênico que tem influência direta na saúde. Com o passar dos dias, a roupa de cama acumula suor, células mortas, vestígios de cosméticos e umidade corporal que favorecem a presença de micro-organismos. Em pessoas com pele sensível, dermatite ou alergias, esse acúmulo pode agravar a coceira, a irritação e até mesmo os ataques de asma.

Embora muitos optem por trocar a roupa de cama a cada duas semanas ou até mesmo uma vez por mês, os especialistas alertam que esses intervalos são muito longos. O segredo não é apenas o fato de os lençóis "não parecerem sujos", mas o que acontece em nível microscópico quando eles permanecem sem lavar por muito tempo.

O QUE ACONTECE SE VOCÊ NÃO TROCAR SEUS LENÇÓIS COM FREQUÊNCIA SUFICIENTE

De acordo com o microbiologista Charles P. Gerba, da Universidade do Arizona, a sujeira orgânica - como suor, células da pele ou pequenos detritos biológicos que deixamos para trás quando dormimos - cria um ambiente ideal para que determinados micróbios sobrevivam por mais tempo. Roupas de cama muito carregadas de matéria orgânica tornam-se um meio onde as bactérias e outros micro-organismos podem resistir melhor entre as lavagens.

Os pesquisadores recomendam evitar o acúmulo de roupas de cama sujas por dias em espaços fechados e não sacudi-las para secar, pois isso pode dispersar as partículas contaminadas no ar. Em residências onde as pessoas estão doentes, imunodeprimidas ou com infecções ativas, devem ser tomadas precauções adicionais: lavar as roupas o mais rápido possível e evitar o manuseio excessivo antes da lavagem.

Mesmo assim, para a maioria das residências, um ciclo de lavagem normal com um detergente profundo ou enzimático é suficiente para remover a maioria dos germes comuns, desde que as roupas de cama sejam trocadas com a frequência adequada.

COM QUE FREQUÊNCIA A ROUPA DE CAMA DEVE SER TROCADA? O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS

O dermatologista Alejandro Ruiz, especialista em higiene do sono do Hospital Clínic de Barcelona, explica - em declarações coletadas pelo CCM Benchmark Group - que trocar os lençóis a cada duas semanas ou uma vez por mês não é suficiente. Ele recomenda fazer isso uma vez por semana para manter afastados os alérgenos e micro-organismos que podem irritar a pele ou afetar a respiração, mesmo que a roupa de cama não tenha cheiro.

Em casos de alergias, asma ou pele particularmente sensível, esse intervalo deve ser reduzido para cada 3 a 4 dias, pois a poeira e os ácaros se acumulam muito mais rapidamente. Também é aconselhável aumentar a frequência no verão, quando suamos mais, ou se você dorme com animais de estimação.

DICAS EXTRAS PARA UMA LAVAGEM EFICAZ

Tanto as recomendações da Universidade do Arizona quanto as do especialista em dermatologia concordam em uma coisa: a frequência e a técnica são importantes. Aqui estão algumas dicas simples para melhorar a higiene da roupa de cama:

Use água quente sempre que a etiqueta permitir.

Certifique-se de que a secagem seja completa, de preferência ao sol ou com boa ventilação.

Evite lavar lençóis junto com toalhas, que soltam muita penugem e umidade.

Não misture roupas de cama com itens muito sujos para evitar a contaminação cruzada.

Troque as fronhas dos travesseiros com mais frequência, pois elas acumulam mais gordura e suor.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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