MADRID 6 mar. (EUROPA PRESS) -
Blanca Basagoiti, membro do Comitê de Pacientes e Cidadania da Sociedade Espanhola de Farmacêuticos de Atenção Primária (SEFAP), destacou a clorexidina como o antisséptico mais recomendado para o tratamento de pele saudável ou erodida, bem como de feridas superficiais e queimaduras leves.
"A clorexidina tem certas vantagens sobre outros antissépticos. Ela é ativa contra muitos germes patogênicos e, por ser transparente, permite que a evolução das feridas seja vista claramente. Seu início de ação é rápido, começando em 15-30 segundos, e seus efeitos duram entre 6 horas e 48 horas. Além disso, há poucos casos relatados de irritação da pele e das mucosas, sua absorção pela pele é mínima e, portanto, produz poucas reações sistêmicas", explicou Basagoiti.
Antissépticos são substâncias químicas que, quando aplicadas à pele, às membranas mucosas ou às feridas, eliminam ou impedem o crescimento de germes patogênicos. Esses produtos são muito difundidos e fáceis de encontrar em qualquer armário de remédios caseiros, embora, como alerta a SEFAP, em muitos casos haja falta de informações sobre seu uso adequado. Por esse motivo, a Sociedade produziu um infográfico para melhorar seu uso.
"Muitas pessoas não sabem que existem diferentes tipos de antissépticos, cada um com suas próprias indicações e limitações. Além disso, é importante seguir as orientações de uso para evitar problemas como irritação da pele ou ineficácia do produto devido à aplicação incorreta. Por esse motivo, é sempre recomendável ler as instruções e, em caso de dúvida, consultar um profissional de saúde", disse Basagoiti.
De acordo com o especialista, os antissépticos mais usados historicamente incluem o peróxido de hidrogênio, que é irritante, age contra o tecido saudável da pele, pode retardar a cicatrização e tem um tempo de ação muito curto.
Há também o álcool, que atualmente não é recomendado para a cicatrização de feridas (somente na pele intacta antes de injeções, punções ou extrações). "O álcool, embora seja um antisséptico de ação rápida e atue em um grande número de microrganismos, não é recomendado para a desinfecção de feridas porque é muito irritante, resseca a pele e pode danificar o tecido. Além disso, é um produto inflamável e o recipiente deve ser mantido bem fechado e protegido de altas temperaturas e da luz", ressalta Basagoiti.
OUTROS ERROS COMUNS NO USO DE ANTISSÉPTICOS
Além do uso de antissépticos inadequados, o SEFAP aponta outros erros comuns cometidos no uso diário desses produtos. Entre eles, Basagoiti cita alguns, como não limpar adequadamente a ferida ou a pele saudável com água e sabão neutro antes de aplicar o antisséptico, não seguir as instruções de uso - usar uma quantidade insuficiente ou excessiva ou não deixar o antisséptico agir por tempo suficiente -, usar um antisséptico vencido ou misturar diferentes antissépticos. Todos esses erros, ressalta o especialista, "podem levar a problemas como irritação da pele ou ineficácia do antisséptico".
Por fim, a porta-voz do SEFAP enfatiza a importância de armazenar essas substâncias corretamente. "Recomenda-se não armazenar antissépticos em locais como a cozinha ou o banheiro, pois são áreas com mudanças de temperatura e umidade que podem degradar o produto e reduzir sua eficácia. Também não é recomendável armazená-los de forma que fiquem expostos à luz direta ou ao alcance de crianças", conclui.
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