MADRID 28 jun. (EUROPA PRESS) -
O Escritório de Direitos Humanos das Nações Unidas relatou um aumento no número de menores recrutados por gangues e grupos violentos na Colômbia que usam as redes sociais para entrar em contato com crianças e adolescentes.
"Estamos muito preocupados com a tendência crescente de recrutamento de crianças e adolescentes que parece continuar e piorar ainda mais em 2025, em um contexto pré-eleitoral", disse o representante na Colômbia do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Scott Campbell.
Plataformas de mídia social, como Tik Tok ou Facebook, têm servido como canal de comunicação para contatar e interagir com menores de idade e, depois de enviar mensagens persuasivas a determinados perfis, os grupos armados continuam com uma estratégia de recrutamento, enviando-lhes detalhes logísticos para sua entrada na organização.
Nesses fóruns públicos, os membros dos grupos criminosos fazem "apologias da guerra", normalizam a violência e promovem atividades ilegais, como o cultivo de substâncias ilícitas, de acordo com o relatório da ONU.
Nos primeiros três meses de 2025, o Escritório de Direitos Humanos estimou o número de casos de recrutas menores de idade em 51, e entre 2022 e 2024 o número total de casos verificados pela organização internacional subiu para 658.
Os perfis que mais sofrem com essas tentativas de recrutamento são pessoas de origem indígena ou afrodescendente, que representam quase a metade dos casos certificados. Da mesma forma, quatro em cada dez vítimas eram meninas ou adolescentes que também são afetadas pela violência de gênero, o que às vezes leva ao recrutamento para fins sexuais.
Dessa forma, a ONU insta as autoridades colombianas a tomarem as medidas necessárias para reforçar a proteção dos direitos humanos dos menores com maior coordenação interinstitucional, com ênfase na atenção aos casos mais vulneráveis. Para aqueles que já sofreram recrutamento por grupos armados, o Estado deve garantir sua reintegração efetiva à vida cotidiana.
O controle das instituições e empresas responsáveis pelas plataformas digitais em termos de detecção e identificação de riscos no uso desses serviços deve ser realizado com "maior diligência", com o objetivo de evitar o uso de menores para fins ilegais.
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