MADRID 17 nov. (EUROPA PRESS) -
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a resistência antimicrobiana (AMR) causa mais de um milhão de mortes todos os anos, um número que pode aumentar em breve se não forem tomadas medidas para acabar com essa ameaça, que tem a capacidade de reverter décadas de progresso e colocar em risco a saúde de pessoas, animais, plantas e ecossistemas.
Durante a Semana Mundial de Conscientização sobre a Resistência Antimicrobiana, a OMS e seus parceiros pediram a todos os países que traduzissem os compromissos políticos adotados na Reunião de Alto Nível da ONU sobre Resistência Antimicrobiana de 2024 em intervenções práticas eficazes, sob o tema "Aja agora: protegendo nosso presente, garantindo nosso futuro".
A resistência antimicrobiana ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas deixam de responder aos agentes antimicrobianos. Como resultado, os antibióticos e outros agentes antimicrobianos perdem sua eficácia e as infecções se tornam difíceis ou impossíveis de tratar, aumentando o risco de propagação da doença, a gravidade da enfermidade e até mesmo a morte.
"Todos os países estão enfrentando a resistência antimicrobiana. Os patógenos resistentes a medicamentos estão aumentando em todos os lugares, e quanto menos acesso as pessoas têm à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento adequado, maior a probabilidade de sofrerem infecções resistentes a medicamentos", disse o diretor de resistência antimicrobiana da OMS, Yvan Hutin.
A OMS solicitou uma ação coordenada dos formuladores de políticas, profissionais de saúde, veterinários, agricultores, profissionais do meio ambiente e de tratamento de águas residuais, pesquisadores, sociedade civil e comunidades. "Seja um administrador de hospital criando uma equipe de gestão antimicrobiana ou um agricultor adotando práticas sustentáveis de gestão de resíduos, cada ação conta", disse ele.
Por meio dessa campanha, busca-se aumentar a conscientização e a compreensão sobre a resistência antimicrobiana; promover ações globais para lidar com o surgimento e a disseminação de patógenos resistentes a medicamentos; e defender ações concretas em resposta à resistência antimicrobiana, com base na resolução da Assembleia Mundial da Saúde, na Reunião de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU de 2024 sobre resistência antimicrobiana e na Quarta Conferência Ministerial Global de Alto Nível sobre resistência antimicrobiana.
"Juntos, podemos manter a eficácia dos antimicrobianos e construir um mundo mais saudável e sustentável para as próximas gerações", concluiu.
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