Propõe a criação de um código de diagnóstico específico para lesão cerebral adquirida na Classificação Internacional de Doenças.
MADRID, 3 dez. (EUROPA PRESS) -
O Observatório Estatal de Lesões Cerebrais alertou em um estudo sobre o subdiagnóstico de lesões cerebrais adquiridas (ABI) na Espanha, o que faz com que os números de prevalência e incidência da doença sejam subestimados e, como resultado, dificulta o acesso efetivo de pacientes e familiares a recursos e apoio especializados.
"O problema da subdetecção reside no fato de que a baixa identificação da condição neurológica da LCA está gerando uma invisibilidade das pessoas e, consequentemente, uma barreira que limita o acesso das pessoas e famílias a recursos, apoio e serviços de saúde, sociais e de saúde e sociais adequados, com especial impacto nos serviços de neurorreabilitação", afirma o Estudo sobre a realidade da subdetecção na incidência e prevalência da Lesão Cerebral Adquirida.
Esse estudo conta com a participação de especialistas em neurologia, neurocirurgia, documentação clínica, medicina de reabilitação, atenção primária, neuropsicologia e representantes do movimento associativo.
Para o Observatório, promovido pela State Cerebral Damage em colaboração com a Secretaria de Estado de Direitos Sociais do Ministério de Direitos Sociais, Consumo e Agenda 2030, um dos elementos "mais críticos" está relacionado à falta de um código de diagnóstico específico para DAC, o que impede o monitoramento adequado dos casos e uma subestimação de sua prevalência e incidência real.
Como ele explica, a DAC é atualmente codificada de acordo com sua causa (AVC, traumatismo cranioencefálico, anóxia, tumores, infecções etc.), o que introduz uma alta variabilidade de situações de codificação e dificulta a consolidação de dados homogêneos para a condição. Em resposta a isso, propõe a criação de seu próprio código na 11ª edição da Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS).
COORDENAÇÃO SOCIOSSANITÁRIA DEFICIENTE
O estudo também alerta para uma articulação e coordenação "deficiente" entre os sistemas de atendimento, o que leva a um "mau encaminhamento e retorno de informações" que impede uma visão longitudinal da equipe. O Observatório, portanto, pede uma melhor continuidade do atendimento, a codificação sistemática dos déficits e a intervenção precoce do trabalho social, a fim de avançar em direção a um atendimento mais equitativo e eficiente.
Ele também observa que a cultura médica está concentrada no diagnóstico agudo, o que às vezes leva a subestimar a exploração de algumas sequelas que podem ser decisivas. O relatório aponta que essa situação é condicionada pela disponibilidade de tempo, profissionais e espaço, o que impede o diagnóstico correto dos pacientes.
Sobre esse ponto, o Observatório defende a implementação de rotas diagnósticas, a incorporação de indicadores específicos no prontuário eletrônico e o reforço da intervenção de perfis especializados, como neuropsicólogos e médicos de referência em reabilitação.
Por fim, pede o reforço da conscientização e do treinamento da população e dos profissionais de saúde e propõe campanhas de detecção precoce e a criação de um censo nacional que integre dados clínicos e sociais, com atenção especial às sequelas invisíveis da DCA.
O estudo também inclui uma lista de quase 1.000 códigos e subcódigos da CID-10 relacionados às etiologias e sequelas da DCA, bem como uma via de atendimento que identifica os principais momentos para sua detecção.
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