MADRI 18 nov. (Portaltic/EP) -
A NFL realizou seu primeiro jogo oficial na Espanha no último fim de semana e, enquanto o Miami Dolphins e o Washington Commanders jogavam essa partida de futebol americano no campo do Santiago Bernabéu, centenas de profissionais trabalharam nas sombras para garantir que nada estragasse o espetáculo, estabelecendo algumas medidas de segurança cibernética típicas do Super Bowl.
Isso foi explicado por Tomás Maldonado, diretor de segurança da informação (CISO) da NFL, a um pequeno grupo de jornalistas nas horas que antecederam o início do jogo, enfatizando que "os jogos internacionais exigem os mesmos controles e uma organização semelhante à que é colocada em prática para um Super Bowl", como é conhecido o jogo final do campeonato da NFL.
"À medida que nossa popularidade internacional cresce, nos tornamos um alvo mais atraente para diferentes adversários. Isso é bom para os negócios, mas significa que o volume e a diversidade das ameaças cibernéticas aumentam", alertou Maldonado, que enfatizou a importância de trabalhar com parceiros como a Cisco para desenvolver soluções de segurança personalizadas e escaláveis.
Na mesma reunião, Rob McQueen, vice-presidente de Patrocínios Globais da Cisco, destacou essa aliança estratégica entre a Cisco e a NFL, focada em fornecer uma infraestrutura segura, resiliente e de alto desempenho nos momentos mais críticos da competição. As duas empresas desenvolveram em conjunto uma rede abrangente e um manual de segurança cibernética que ajuda a NFL a detectar e responder a ameaças em tempo real, mantendo as operações em funcionamento e os dados protegidos contra interrupções, falhas ou ataques.
A IMPORTÂNCIA DA INFRAESTRUTURA CORRETA
A vantagem que a NFL teve, nesse caso, é que o Santiago Bernabeu (o estádio do Real Madrid, do qual a Cisco também é parceira) já tinha uma infraestrutura semelhante à existente nas instalações esportivas dos EUA, mas nem sempre é esse o caso. "Em alguns lugares, como o Brasil, construímos toda a nossa infraestrutura de segurança do zero", explicou Maldonado em referência ao jogo deste ano em São Paulo, que deu início à temporada 2025/2026 de futebol americano.
O CISO da NFL reiterou que para os jogos internacionais da NFL (que este ano foram realizados no Brasil, Reino Unido, Irlanda, Alemanha e Espanha) "a logística é mais complexa" e "as janelas de preparação são mais curtas". Além disso, ele enfatizou que o esporte também é diferente do que normalmente é visto na Europa ou na América Latina e "no futebol americano, com mais intervalos, os torcedores passam mais tempo conectados aos seus celulares", o que aumenta os riscos de segurança cibernética e os requisitos de conectividade.
Maldonado tem certeza de que as ameaças continuarão a chegar à medida que a expansão da NFL atingir mais países, mas ele continua a trabalhar com sua equipe de profissionais e parceiros para ter as ferramentas de segurança mais avançadas, que já incluem Inteligência Artificial (IA).
"A IA já está aqui. Vemos essa tecnologia sendo desenvolvida e projetada para atacar organizações específicas. Contamos com parceiros como a Cisco para usar a IA de forma defensiva. Também precisamos melhorar nossos próprios processos - resposta a incidentes e avaliações de risco de IA - e treinar a equipe sobre os benefícios e riscos que estão por vir", diz ele.
O comissário da NFL, Roger Goodell, garantiu que haverá mais jogos de futebol americano na Espanha e anunciou que a meta da competição é realizar até 16 jogos oficiais fora da fronteira dos EUA - um para cada dia de jogo da temporada regular. A equipe de Maldonado continua trabalhando incansavelmente e já está se preparando - com quase um ano de antecedência - para as ameaças cibernéticas que podem chegar antes do primeiro jogo da NFL em Melbourne (Austrália), já confirmado para a próxima temporada.
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