MADRID 3 jul. (EUROPA PRESS) -
A neuropsicologia desempenha um papel fundamental na prevenção e no diagnóstico precoce das demências, de acordo com a especialista Marta Balagué Marmaña, assistente do Serviço de Neurologia do Complexo Hospitalar Moisés Broggi (Barcelona), em um webinar organizado pela Confederação Espanhola de Alzheimer e outras Demências (CEAFA).
Durante a reunião, Balagué explicou que a avaliação neuropsicológica pode fazer a diferença quando se trata de oferecer um diagnóstico preciso e precoce, pois pode detectar alterações relacionadas à memória, à linguagem ou à percepção e relacioná-las ao envolvimento de áreas cerebrais específicas.
Sobre esse ponto, ele acrescentou que, se esse tipo de exame for combinado com biomarcadores obtidos por meio de técnicas de neuroimagem, punção lombar ou análise de plasma, a neuropsicologia pode obter maior precisão no diagnóstico, identificar o tipo de demência e iniciar o tratamento adequado com base nisso.
ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO
A sessão também se concentrou na utilidade de realizar estratégias de prevenção ao longo da vida, o que pode ser uma ferramenta fundamental para mudar o curso dessas doenças neurodegenerativas, de acordo com o profissional.
Especificamente, ela apontou para ações preventivas baseadas no fortalecimento da reserva cognitiva, um conceito que se refere à capacidade do cérebro de compensar os efeitos do envelhecimento ou de lesões neurológicas, e que estão relacionadas a atividades de estimulação cognitiva, educação, contato social e exercícios físicos.
Nesse sentido, o especialista alertou sobre os riscos que fatores como isolamento social, poluição ambiental, falta de estimulação sensorial ou perda auditiva e visual não tratada representam para a deterioração cognitiva. Da mesma forma, o objetivo de vida, o estilo de vida e determinados perfis psicológicos podem atuar como fatores de proteção ou de risco, o que abre novos caminhos para intervenções personalizadas.
TRATAMENTOS FARMACOLÓGICOS
Balagué também discutiu o impacto dos novos tratamentos modificadores da doença, como os anticorpos monoclonais que têm como alvo a amiloide, que representam uma mudança de paradigma na abordagem da doença de Alzheimer. Embora ainda estejam sendo avaliados e tenham limitações, sua chegada reforça a necessidade de detecção nos estágios iniciais da doença, onde esses tratamentos apresentam maior eficácia.
A palestrante insistiu que a combinação de tratamentos farmacológicos e não farmacológicos, juntamente com a intervenção psicossocial e o apoio desde o momento do diagnóstico, é a estratégia mais eficaz para lidar com a demência. Ela também enfatizou a necessidade de promover um atendimento personalizado e centrado na pessoa, que leve em conta os aspectos clínicos, emocionais, sociais e vitais.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático