MADRID 6 maio (EUROPA PRESS) -
O enfermeiro e coordenador do Comitê de Comunicação da Sociedade Espanhola Roberto Cabestre, Alejandro Pastor, ressalta que um dos "principais problemas" enfrentados pelos profissionais de saúde ao lidar com a asma é que "muitos pacientes abandonam o tratamento quando se sentem melhor, sem ter consciência de que a asma é uma doença crônica".
"Os enfermeiros são fundamentais para detectar esses padrões, reforçando a importância do tratamento contínuo e ensinando técnicas como o uso correto dos inaladores, o que faz a diferença entre controlar e não controlar a doença", destaca o coordenador da área de enfermagem da Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Torácica SEPAR, por ocasião do Dia Mundial da Asma, que é comemorado nesta terça-feira.
"A falta de adesão ao tratamento não só aumenta os sintomas e os ataques de asma, mas também pode ter consequências fatais", acrescenta, lembrando que entre 900 e 1.000 pessoas morrem de asma na Espanha a cada ano, muitas delas por não seguirem seu tratamento adequadamente.
"Na enfermagem, trabalhamos para evitar que isso aconteça, por meio de intervenções educativas, monitoramento personalizado e estratégias de capacitação do paciente", acrescenta ele em um comunicado do Conselho Geral de Enfermagem.
Segundo eles, conhecer as características específicas de cada tipo de asma é essencial para poder adaptar a melhor terapia em cada caso. "Nem todos os pacientes com asma são iguais, e é aí que a enfermagem especializada faz a diferença", diz Pastor.
"Devido à sua proximidade com o paciente", argumenta Florentino Pérez Raya, presidente do Conselho Geral de Enfermagem, "os enfermeiros desempenham um papel fundamental na educação dos pacientes, ensinando-os a gerenciar sua patologia e, assim, conseguir uma melhor adesão ao tratamento e evitar possíveis complicações".
CUSTOS DA ASMA NA ESPANHA: 2% DOS GASTOS COM SAÚDE
A asma pode ter "consequências fatais" não apenas para os pacientes, mas também para a sociedade em termos de qualidade de vida, absenteísmo no trabalho e na escola, consumo de recursos e mortes.
O estudo ASMACOST, realizado pela Sociedade Espanhola de Pneumologia e Cirurgia Torácica (SEPAR) e publicado em 2009, que avalia o custo econômico dessa doença na Espanha, determina que os custos da asma na Espanha representam 2% do total de gastos com saúde, sendo que 70% desses custos derivam das consequências do mau controle da doença.
"Se conseguirmos controlar a asma, não apenas melhoramos a vida das pessoas, mas também reduzimos a pressão sobre o sistema de saúde", conclui o coordenador do comitê de comunicação da SEPAR.
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