MADRID 18 set. (EUROPA PRESS) -
A ministra da Saúde, Mónica García, disse na quinta-feira que espera aprovar a Estratégia de Inteligência Artificial (IA) no Sistema Nacional de Saúde (NHS) "em breve", um regulamento que deve ser aprovado pelo Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde (CISNS).
"A estratégia para a Estratégia de Inteligência Artificial no Sistema Nacional, que esperamos aprovar em breve, busca criar um ambiente que promova a inovação, que dê visibilidade às demandas de profissionais e pacientes, que facilite o conhecimento e a avaliação das ofertas tecnológicas disponíveis", disse García durante o 1º Fórum sobre IA para o NHS.
A esse respeito, ele explicou que o plano já foi trabalhado em conjunto com as comunidades autônomas e que sua aprovação incorporará as "lições aprendidas" nos últimos anos e um roteiro proposto para sua implantação, de modo a integrar esse tipo de tecnologia de maneira "ética, equitativa e coordenada" em todo o país.
O plano também buscará garantir que sua implementação seja baseada nos princípios de confiabilidade, segurança ética e transparência, e que realmente "libere tempo clínico", reduza a burocracia e contribua para um atendimento mais humanizado, preventivo e participativo.
"É fundamental garantir o papel dos profissionais e sua participação na concepção, na validação, em todos os ensaios, nos casos de uso, em tudo que envolva conhecimento clínico, contribuindo com sua experiência e conhecimento", disse.
García destacou que o Departamento de Saúde pretende trabalhar nos casos em que o potencial da IA já foi demonstrado, como medicina de precisão, apoio à decisão terapêutica, treinamento de profissionais, melhoria da adesão terapêutica, alfabetização em saúde do paciente e modelos preditivos para planejamento estratégico e vigilância da saúde pública.
RECURSOS TECNOLÓGICOS QUE PARECIAM FICÇÃO CIENTÍFICA ANOS ATRÁS
"Hoje temos recursos tecnológicos que há alguns anos pareceriam ficção científica, com dados clínicos em formatos interoperáveis, com algoritmos de última geração que nos permitem transformar em realidade o que antes eram apenas promessas. A IA já está proporcionando um valor tangível em áreas muito específicas", disse García.
Ele destacou que já existem algoritmos que apoiam a detecção precoce e a precisão do diagnóstico em radiologia e cardiologia; assistentes virtuais que facilitam a comunicação com os pacientes, reduzem a burocracia, melhoram a relação médico-paciente e liberam o tempo dos profissionais; sistemas de voz que permitem ditar notas clínicas; sistemas para otimizar os fluxos hospitalares e de recursos; aplicativos de IA que reduzem em 70% o tempo de aquisição de algumas sequências de ressonância magnética; e modelos preditivos capazes de identificar o risco de câncer até três anos antes.
Embora quisesse ressaltar que há "riscos", ele insistiu que os aplicativos de IA permitem evitar vieses, garantem que os dados sejam realmente representativos, melhoram a interoperabilidade e a confiabilidade dos dados e aceleram os processos regulatórios, e que em nenhuma circunstância eles podem substituir os profissionais.
"Todos os sistemas de saúde estão enfrentando desafios muito parecidos com o envelhecimento da população, o aumento da cronicidade, a pressão sobre os recursos, o aumento da demanda, a falta de profissionais, a necessidade de garantir a sustentabilidade e a necessidade de garantir a qualidade do atendimento", disse ele.
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