Publicado 09/05/2025 07:13

O Ministro Regional da Saúde das Astúrias pede que o CISNS seja "muito mais ágil e resoluto" para incorporar novas tecnologias

A Ministra Regional da Saúde de Astúrias, Concepción Saavedra, fala durante um café da manhã sociossanitário no Hotel Regency Hesperia, em 9 de maio de 2025, em Madri (Espanha).
Carlos Luján - Europa Press

MADRID 9 maio (EUROPA PRESS) -

A ministra regional da Saúde do Governo das Astúrias, Concepción Saavedra, pediu nesta sexta-feira que o Conselho Interterritorial do Sistema Nacional de Saúde (CISNS) seja "muito mais ágil e decisivo" para chegar a acordos sobre a entrada "centralizada" de novas tecnologias e terapias no Sistema Nacional de Saúde (SNS).

"Temos uma tarefa fundamental no Conselho, que pertence a todas as comunidades, que deve ser mais ágil, mais decisivo e ter um maior número de decisões compartilhadas. Todos nós temos a mesma situação em termos de incorporação de novas tecnologias e o risco para a sustentabilidade", disse Saavedra durante sua participação em um café da manhã sócio-sanitário organizado pela Europa Press.

Nesse sentido, a ministra regional afirmou que, no âmbito do CISNS, a gestão da saúde deve ser "independente do debate político", pois considera que "os problemas são os mesmos" para todas as Regiões Autônomas. "Quando me reúno com outros ministros de qualquer ideologia, conversamos e temos os mesmos problemas. A gestão da saúde deve ser independente de grande parte do debate político", acrescentou.

Por outro lado, quando perguntado sobre o Plano de Ação de Atenção Primária e Comunitária 2025-2027, aprovado em dezembro passado pelo CISNS, Saavedra o descreveu como "bom", devido ao fato de ter "financiamento", o que é "a primeira vez que isso acontece".

"Não sei por que dizem que o financiamento é curto", disse ele, ao mesmo tempo em que enfatizou que "não são apenas os 6 milhões em equipamentos, haverá 10 milhões para a transformação digital", algo que não vem do Plano, mas da Estratégia de Saúde Digital do Ministério da Saúde, explicou.

ESTATUTO-QUADRO PARA TODOS OS PROFISSIONAIS

Quanto ao Estatuto Marco, Saavedra se mostrou a favor de modificá-lo para que os serviços de saúde possam ser "mais ágeis no planejamento de RH". "Se é verdade que deve ter o consenso, é claro, de todas as comunidades, incluindo Astúrias, e o dos profissionais, quanto maior o consenso, mais fácil será. Quanto maior o consenso, mais fácil será", enfatizou.

Da mesma forma, o Ministro Regional espera que o novo Estatuto Marco seja "mais geral". "Por exemplo, no que diz respeito ao plantão, as próprias comunidades podem organizá-lo ou planejá-lo", destacou.

Com relação a um Estatuto específico para médicos, Saavedra foi contra e optou por "falar sobre equipes". "É claro que o médico tem um valor fundamental dentro da organização de saúde, e ninguém vai negar isso. Mas não creio que possamos separá-los no Estatuto da Estrutura e criar um conjunto diferente de regras para os médicos", disse ele.

A ministra regional é a favor da inclusão dos médicos no novo texto, embora tenha reconhecido que eles "provavelmente" precisam de uma parte "mais específica". "Como eu disse antes, temos cada vez mais equipes multidisciplinares e acho que é por aí que temos que ir. Em suma, somos uma equipe", acrescentou.

MODELO DE FINANCIAMENTO

Por outro lado, com relação ao modelo de financiamento da saúde, Saavedra também defendeu a consideração de mais dados, além do número de habitantes: "O gasto financiado, a proporção da população idosa e as necessidades sociossanitárias, que mudam absolutamente as necessidades e o financiamento de cada uma das comunidades", acrescentou.

"O que não pode ser decidido é distribuir esse financiamento apenas pela população, mas outros fatores devem ser levados em conta, que é o que também estamos dizendo sobre as Astúrias. Temos que levar em conta o fato de que temos uma população envelhecida, uma natureza crônica, temos uma área rural muito extensa e isso também tem que ser levado em conta. Não apenas, digamos, quantas pessoas vivem nessa sociedade, porque uma população idosa não é o mesmo que uma população jovem", reiterou.

Sobre esse ponto, ele explicou que Astúrias é a região com o maior gasto em saúde por habitante, com 2.422 euros, "mas também é a comunidade mais velha da Espanha, algo que muda muito".

"Temos o dobro da taxa de envelhecimento de Madri, Múrcia e Andaluzia. Portanto, logicamente, as necessidades sociais e de saúde que ocorrem nas Astúrias têm que ser muito maiores e provavelmente temos que ter mais investimento e mais financiamento em saúde", acrescentou.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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