Publicado 07/05/2025 05:17

Meta recebe mais de US$ 167 milhões em indenização por danos causados pelo spyware Pegasus

Archivo - FILED - 19 de janeiro de 2021, Berlim: Um dedo toca o logotipo do Whatsapp em um smartphone. Foto: Zacharie Scheurer/dpa
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MADRID 7 maio (EUROPA PRESS) -

O Grupo NSO, criador do spyware Pegasus, terá que indenizar a Meta em mais de 167 milhões de dólares pelos danos causados à sua rede social de mensagens WhatsApp, pois é considerado culpado de infectar cerca de 1.400 usuários com seu spyware.

O spyware Pegasus, ligado à empresa israelense NSO, infectou 50.000 celulares, tanto iOS quanto Android, de jornalistas, ativistas e políticos em todo o mundo, pois foi disseminado por meio de links maliciosos e do ataque "zero-click", que não exige nenhuma ação do usuário para que o spyware seja instalado.

Portanto, é uma ferramenta que permite que seus perpetradores acessem remotamente o computador, além de controlar e obter informações pessoais do proprietário do dispositivo. Isso ocorre porque ele consegue controlar elementos como a câmera e o microfone do smartphone, além de realizar ações como tirar capturas de tela ou gravar as teclas digitadas. Ele pode até mesmo extrair dados de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp e o Facebook.

Nesse sentido, a Meta denunciou o grupo NSO em 2020, acusando-o de infectar uma rede de servidores nos Estados Unidos em 2019 para hackear centenas de smartphones e espionar cerca de 1.400 alvos por meio de seu serviço de mensagens WhatsApp.

Após essa alegação, o grupo NSO foi considerado culpado pelos ataques aos usuários do WhatsApp no ano passado pelo Tribunal Federal da Califórnia, EUA, sob a acusação de violar a Lei de Fraude e Abuso de Computador, entre outras questões.

Como resultado dessa decisão, o júri determinou que a NSO deve pagar à Meta uma indenização de US$ 444.719 (cerca de 391.383 euros pela taxa de câmbio) e US$ 167.254.000 em danos punitivos (147.193.555 euros pela taxa de câmbio), conforme relatado por meios de comunicação como o Engadget.

A Meta comemorou o resultado em uma declaração em seu blog, onde disse que o veredicto de hoje no caso do WhatsApp representa um importante passo à frente para a privacidade e a segurança, pois "representa a primeira vitória contra o desenvolvimento e o uso de spyware ilegal que ameaça a segurança e a privacidade de todos".

A Meta também observou que o Pegasus da NSO "trabalha para comprometer secretamente os telefones dos usuários" e usou "muitos outros métodos" de instalação de spyware para "explorar as tecnologias de outras empresas e manipular os dispositivos dos usuários".

De fato, durante o julgamento, a empresa de tecnologia detalhou que a NSO admitiu que gasta "dezenas de milhões de dólares por ano" desenvolvendo métodos de instalação de malware, incluindo mensagens instantâneas, navegadores e sistemas operacionais.

"Continuaremos a perseguir os provedores de spyware que atacam indiscriminadamente as pessoas em todo o mundo", concluiu a Meta, observando que em breve buscarão uma ordem judicial para impedir que a NSO ataque o WhatsApp novamente.

Por sua vez, o vice-presidente de comunicações globais da NSO, Gil Lainer, disse que eles iniciarão "outros procedimentos" ou apresentarão um recurso contra essa decisão, de acordo com a mídia mencionada acima.

Ele também destacou que a tecnologia da empresa "desempenha um papel fundamental na prevenção de crimes graves e terrorismo, e é amplamente utilizada por agências governamentais autorizadas", uma abordagem que, segundo ele, foi excluída da consideração do júri nesse caso.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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