MADRID 5 mar. (EUROPA PRESS) -
A Sociedade Espanhola de Médicos de Atenção Primária (SEMERGEN) e a Sociedade Espanhola de Farmácia Clínica, Familiar e Comunitária (SEFAC) concordaram em iniciar um projeto piloto de sessões clínicas compartilhadas, a fim de facilitar o treinamento contínuo e promover o "acesso ágil" a informações sobre os diferentes processos de saúde entre ambos os profissionais.
Esse acordo, alcançado durante o 7º Congresso Médico-Farmacêutico SEMERGEN-SEFAC, responde à necessidade de manter um "fluxo constante de troca de conhecimentos e experiências" além desse tipo de evento.
Essa conferência serviu para apresentar experiências compartilhadas de comunicação entre centros de saúde e farmácias comunitárias implementadas em diferentes comunidades autônomas, que demonstraram o "impacto positivo" de sua colaboração.
Também foi discutido o projeto Info-SPD, promovido pela SEMERGEN e pela SEFAC, cujo objetivo é aliviar a falta de conhecimento de médicos, pacientes e cuidadores sobre o serviço de sistema de dosagem personalizada (SPD), que demonstrou "múltiplas vantagens" para os pacientes, especialmente aqueles com múltiplos medicamentos, que conseguem uma melhor organização de seus medicamentos, evitando possíveis erros de manuseio e reduzindo os estoques armazenados em casa.
No caso dos médicos, ele fornece informações sobre os medicamentos tomados por seus pacientes e informações sobre incidentes são enviadas a eles; os farmacêuticos veem seu trabalho de saúde reavaliado e seu relacionamento com outros profissionais de saúde melhorado.
O presidente da SEMERGEN, Dr. José Polo, declarou que uma melhoria na implementação das prescrições eletrônicas "facilitaria a comunicação bidirecional e fluida" que eles vêm solicitando há anos, pois permitiria que os médicos verificassem se os pacientes retiraram a medicação prescrita, melhorando o monitoramento do tratamento, e daria aos farmacêuticos acesso às informações clínicas necessárias sobre o paciente para poder dispensar corretamente.
"Deve ser a administração de saúde que facilita o trabalho de saúde de ambos os grupos, promovendo e incentivando os mecanismos necessários para melhorar a comunicação entre os médicos de família e os farmacêuticos comunitários", acrescentou.
No entanto, o Dr. Polo advertiu que, no caso de "inação" por parte das autoridades, ambas as associações "devem dar um passo à frente e assumir a liderança na implementação das ferramentas necessárias".
Nesse sentido, ele saudou o fato de que o Plano de Ação de Atenção Primária e Comunitária 2025-2027, aprovado no final de 2024 pelo Ministério da Saúde, incorpora a necessidade de estabelecer sistemas de comunicação bidirecional entre farmácias comunitárias e centros e clínicas de saúde, lamentando que não aproveite um aplicativo de computador já existente e compartilhado, como as prescrições eletrônicas.
O presidente do SEFAC, Dr. Vicente Baixauli, lamentou que, com os atuais avanços tecnológicos, ainda haja "falta" de ferramentas como o e-mail para "garantir uma comunicação eficaz" entre as farmácias comunitárias e os centros de saúde.
Da mesma forma, ele afirmou que a participação ativa dos farmacêuticos comunitários no sistema de prescrição eletrônica permitirá "otimizar a interação" com os profissionais médicos, além de facilitar uma troca de informações "eficiente e segura".
"Esse avanço representaria nossa real integração ao Sistema Nacional de Saúde, o que contribuiria para fortalecer a continuidade do atendimento ao paciente, melhorando a adesão ao tratamento e otimizando o monitoramento da adesão farmacoterapêutica. Também permitiria a identificação precoce de possíveis erros de prescrição e a detecção de possíveis eventos adversos", acrescentou.
TRIAGEM E GERENCIAMENTO COMPARTILHADO DE PATOLOGIAS PREVALENTES
Por outro lado, os participantes da conferência destacaram o papel da farmácia comunitária na prevenção e detecção precoce de doenças, especialmente por meio de educação em saúde e programas de triagem.
Farmacêuticos e médicos também discutiram o gerenciamento compartilhado de patologias altamente prevalentes, como doenças dermatológicas frequentes, anticoagulação em pacientes com fibrilação atrial, infecções respiratórias agudas e doença renal crônica.
Além disso, eles puderam participar de workshops especializados sobre novos modelos de gerenciamento para pacientes com diabetes, o uso otimizado de inaladores, a aplicação de galênicos no tratamento da psoríase e estratégias de comunicação médico-farmacêutico-paciente para novas vacinas.
Quanto à Inteligência Artificial, os participantes analisaram seu impacto em questões como a saúde digital, destacando seu "potencial" para melhorar o diagnóstico, personalizar os tratamentos e otimizar o gerenciamento e a análise de dados clínicos.
CERIMÔNIA DE ENTREGA DE PRÊMIOS
Finalmente, o evento foi encerrado com uma cerimônia de premiação para as melhores comunicações científicas, com o apoio dos Laboratórios VIR e 108 participantes.
O projeto "Uso racional de expectorantes: prevenção de interações e efeitos adversos em pacientes crônicos polimedicados", de Cristina Díaz Jiménez, recebeu o primeiro prêmio de Melhor Caso Clínico Farmacêutico.
O segundo prêmio nessa categoria foi concedido a Janire Vega López, autora de 'Farmacovigilancia en farmacia comunitaria. Um relato de caso".
Na categoria de Melhor Estudo de Caso Clínico Médico de Família, o vencedor foi "Un fármaco que no se toma no tiene efectos secundarios ¿o sí?", de Jesús Santianes Patiño, enquanto o segundo lugar ficou com "Un lunar que me apareció después del verano", de Kleber José Correa Cañar.
O prêmio de Melhor Projeto de Pesquisa foi para 'Uso de Inteligência Artificial para a Detecção de Interações Farmacológicas na Prescrição em Medicina de Família e Farmácia', de Paula Lorenzana Honorato.
O "Estudo piloto M45 para melhorar a qualidade de vida em mulheres na perimenopausa da farmácia comunitária", de María de los Ángeles Prado Álvarez, ganhou o prêmio de Melhor Comunicação.
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