Publicado 26/11/2025 09:30

Médicos de família alertam para o fato de a temporada de vírus respiratórios ter sido antecipada em um mês

Aviso de possível circulação do vírus da gripe H3N2 subclasse K

Archivo - Arquivo - Remédios para resfriado.
SIMPSON33/ISTOCK - Arquivo

MADRID, 26 nov. (EUROPA PRESS) -

A Sociedade Espanhola de Medicina Familiar e Comunitária (semFYC) alertou nesta quarta-feira que a temporada de vírus respiratórios como o da gripe, Covid-19 ou vírus sincicial respiratório, entre outros, está um mês mais cedo do que o habitual, um comportamento "atípico" corroborado pelos dados de vigilância europeus e pela evolução clínica observada nas consultas.

"Esse avanço epidemiológico não apenas antecipa um aumento de casos mais cedo do que o habitual, mas também encurta a janela de vacinação eficaz, o que é particularmente importante para a proteção da população em risco. Além disso, pode levar a uma temporada de gripe diferente da dos últimos anos", disse o semFYC em um comunicado.

A organização também afirmou que as equipes de atendimento primário começaram a detectar um aumento significativo nos sintomas respiratórios compatíveis com a gripe, especialmente o tipo A (H3N2), em uma época do ano "em que a circulação tradicionalmente ainda era baixa".

O porta-voz do Grupo de Trabalho sobre Doenças Infecciosas do semFYC, José María Molero, alertou sobre a possível presença da subclasse K do vírus da gripe H3N2, uma variante que "está circulando desde abril ou maio" em diferentes países da União Europeia, o que "torna lógico pensar" que poderia chegar à Espanha.

UM VÍRUS MAIS TRANSMISSÍVEL

Em alguns países europeus e asiáticos, ele já representa quase a metade das sequências analisadas e tem sido predominante em países como o Japão, onde o pico epidêmico também chegou cedo e gerou um volume maior de internações hospitalares devido à maior transmissibilidade, embora isso não implique necessariamente em maior gravidade.

"Embora o vírus não seja mais virulento, ele pode causar mais internações e complicações porque afeta pessoas que foram protegidas pela vacina e não estão no nível de outros anos em que houve menos mudanças antigênicas", disse Molero.

Sua maior transmissibilidade tem a ver com as alterações na proteína hemaglutinina, que permite o acesso às células respiratórias, fazendo com que o sistema imunológico não reconheça sua estrutura adequadamente.

"Isso o torna mais invasivo e mais transmissível, mesmo em pessoas vacinadas, porque a vacina deste ano contém uma variante do H3N2 com uma composição ligeiramente diferente", acrescentou.

Embora ainda não exista uma confirmação oficial na Espanha devido à falta de dados de sequenciamento, a evolução epidemiológica é "muito semelhante" à observada em outros países onde a variante já é majoritária, razão pela qual o semFYC considerou "muito provável" que ela esteja começando a circular na Espanha, embora tenha ressaltado que é necessário aguardar a confirmação oficial do Centro Nacional de Microbiologia (ISCIII).

O principal risco dessa variante recai sobre as pessoas mais vulneráveis, como os idosos ou pacientes imunocomprometidos e com doenças crônicas, e por isso lembrou que a vacinação continua sendo "essencial", pois também protege contra as variantes H3N2 sem essas alterações, contra o vírus A(H1N1) e contra o vírus B, e pode evitar infecções graves.

Por todas essas razões, Molero pediu o reforço da vacinação em pessoas em risco, a aceleração do sequenciamento dos vírus da gripe, a preparação dos serviços de saúde para um aumento nas consultas e internações e a transmissão à população da importância de manter as medidas preventivas.

Entre as medidas de proteção usuais contra infecções respiratórias estão o uso de máscaras por pessoas doentes, especialmente em espaços fechados e com pouca ventilação; a lavagem das mãos; a manutenção da higiene das superfícies; e evitar o contato com pessoas doentes.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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