Publicado 04/07/2025 06:21

Médicos de emergência alertam que o afogamento é "rápido", "silencioso" e "difícil" de detectar

Archivo - Arquivo - Menina esfregando os olhos na piscina.
AAMORIM/ISTOCK - Archivo

MADRID 4 jul. (EUROPA PRESS) -

O Grupo de Trabalho SEMES-Socorrismo da Sociedade Espanhola de Medicina de Emergência (SEMES) advertiu nesta sexta-feira que o afogamento é um processo "rápido", "silencioso" e "difícil" de detectar, o que é precisamente o oposto da "imagem que se tem" sobre um fenômeno que envolve a morte de entre 400 e 600 pessoas anualmente.

Essa advertência foi publicada em um artigo científico na Revista Espanhola de Urgências e Emergências, com o objetivo de conscientizar a população e as administrações públicas sobre a existência de "mitos perigosos" em torno do afogamento, razão pela qual a organização também pediu a implementação de medidas preventivas.

"Ainda estamos esperando que alguém grite por socorro quando se afoga. Mas esse é um processo rápido, silencioso e difícil de detectar, que na maioria dos casos leva menos de dois minutos. O mesmo tempo que se leva para atender uma ligação telefônica, escovar os dentes ou ver algumas postagens nas redes sociais", disse o coordenador do grupo, Roberto Barcala.

Entre os principais fatores de risco identificados pela SEMES-Socorrismo estão a falta de supervisão direta dos menores, especialmente entre 15h00 e 18h00; seguir comportamentos de risco como o uso de telefones celulares enquanto se observa as crianças, tomar banho com bandeira vermelha, consumo de álcool, pular de alturas e alugar barcos sem treinamento adequado; ou uma "falsa" sensação de segurança proporcionada por boias, algemas ou a crença "errônea" de que todos sabem nadar.

Para evitar essas situações, que resultam no atendimento de 1.200 a 3.000 pessoas por ano, os especialistas aconselharam a vigilância "direta" de crianças menores de seis anos; o uso de barreiras físicas em piscinas para limitar o acesso sem supervisão; o ensino de habilidades básicas de natação desde cedo; e educação e treinamento em segurança aquática desde a fase escolar.

Da mesma forma, a organização recomendou o estabelecimento de um protocolo de resgate seguro para pessoas inexperientes, como jogar algo que flutue e no qual as vítimas possam se agarrar; estender a mão com uma extensão, como uma vara, um poste ou um galho; e não entrar na água se a pessoa for inexperiente.

Os especialistas também aconselharam a regulamentação do uso de barcos de recreio, o desenvolvimento de planos de gerenciamento de risco de inundação e o fornecimento de instrução universal sobre ressuscitação cardiopulmonar (RCP).

Se essa orientação for "ignorada", Barcala disse que isso contribui para "atrasos críticos" no resgate e na ativação dos serviços de emergência, especialmente durante o verão, que é responsável por 75% de todos os casos de afogamento.

Nessas emergências, a especialidade de Enfermagem de Emergência é "fundamental", pois eles não só atuam na linha de frente durante o atendimento extra-hospitalar ou em serviços de emergência, como Barcala destacou.

"Também somos fundamentais no treinamento, na prevenção e na educação em saúde. Nossa preparação específica nos permite reduzir os tempos de resposta, melhorar o atendimento inicial e, em muitos casos, fazer a diferença entre a vida e a morte", concluiu.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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