MADRID 11 jul. (EUROPA PRESS) -
Deixar os pés de molho em água morna com sal e bicarbonato de sódio tornou-se uma rotina popular para quem busca aliviar o cansaço, amaciar a pele ou eliminar o mau cheiro. Esse remédio caseiro, amplamente divulgado nas redes sociais e em blogs de autocuidado, promete vários benefícios, mas será que há alguma verdade por trás dessas afirmações?
No meio do caminho entre o conforto pessoal e o desejo de soluções naturais, esses tipos de banhos ganharam presença como um gesto cotidiano. Mas, além da sensação relaxante da água morna, será que eles realmente têm um impacto físico na saúde dos pés?
ESFOLIAÇÃO SUAVE E CONTROLE DE ODORES
O bicarbonato de sódio tem sido usado há anos na dermatologia como um esfoliante físico suave. Quando esfregado na pele, ele ajuda a remover as células mortas e melhora a textura, incentivando a renovação celular. Além disso, sua capacidade de neutralizar odores foi documentada em estudos de higiene corporal, embora a maioria dos estudos se concentre em sua aplicação nas axilas ou na cavidade oral.
Sua eficácia contra bactérias causadoras de odores se deve à sua capacidade de modificar o pH, criando um ambiente menos favorável para os microrganismos. No entanto, não há estudos específicos sobre sua aplicação direta nos pés para esses fins, portanto, presume-se que seus benefícios sejam por analogia com outras áreas do corpo.
PROPRIEDADES DO SAL MARINHO
No caso do sal, especialmente do sal marinho ou do sal do Mar Morto, há revisões científicas que demonstraram seu efeito benéfico em determinadas condições da pele, como dermatite atópica ou psoríase vulgar. Estudos clínicos demonstraram que os banhos de sal podem melhorar a hidratação da pele, fortalecer a barreira cutânea e reduzir a inflamação, graças à presença de minerais como o magnésio.
Embora esses benefícios estejam mais relacionados a tratamentos terapêuticos supervisionados, o uso do sal como esfoliante físico - como o bicarbonato de sódio - pode ajudar a amaciar a pele dos pés e a manter uma higiene mais profunda, especialmente em áreas propensas a endurecimento ou rachaduras.
E QUANTO AO EFEITO ANTIFÚNGICO?
Parte da literatura que circula na Internet atribui propriedades antifúngicas ao bicarbonato. Um estudo recente realizado no Peru comparou seu efeito com o do antifúngico nistatina contra a Candida albicans, uma levedura comum em infecções fúngicas. A pesquisa concluiu que, embora o bicarbonato a 5% tenha apresentado algum efeito inibitório, ele foi significativamente menor do que o do medicamento antifúngico. Em resumo: ele pode ter alguma capacidade, mas não substitui o tratamento médico.
ENTÃO, ELE É BOM?
Em resumo, deixar os pés de molho em água morna com sal e bicarbonato não é um milagre, mas também não é uma perda de tempo. Pode ser útil para relaxar os músculos, amaciar a pele, promover a higiene e controlar o odor. Entretanto, os benefícios mais ambiciosos frequentemente atribuídos a essa prática - como "desintoxicar o corpo" ou "eliminar toxinas" - não são respaldados por evidências científicas.
Portanto, se usada como complemento de uma rotina de autocuidado, pode ser uma opção interessante de vez em quando. Mas é importante não usá-la como substituta de outros tratamentos dermatológicos prescritos por especialistas.
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