MADRID 18 jul. (EUROPA PRESS) -
O Ministério Público da cidade francesa de Lorient, localizada no departamento de Morbihan (oeste), abriu uma investigação sobre um suposto crime de negligência no caso do cirurgião Joel Le Scouarnec, condenado a 20 anos de prisão por abusar sexualmente de quase 300 pacientes, a maioria menores de idade, por mais de duas décadas.
O promotor Stéphane Kellenberg explicou que a investigação, solicitada em junho de 2025 e tornada pública na sexta-feira, é por uma suposta "omissão voluntária para evitar um crime", de acordo com o canal francês BFM TV.
O inquérito visa descobrir se diferentes autoridades ou indivíduos podem ter agido antes para impedir que o cirurgião continuasse sua carreira por mais de uma década, apesar de uma primeira condenação por crimes sexuais contra menores em 2005.
O cirurgião francês foi condenado a 20 anos de prisão após admitir sua culpa perante um tribunal na cidade de Vannes por crimes sexuais cometidos entre 1989 e 2014 em vários hospitais no oeste da França contra quase 300 pacientes, a maioria dos quais estava sob anestesia no momento dos abusos.
As autoridades localizaram suas supostas vítimas - que tinham em média 11 anos de idade na época dos crimes - por meio do registro do cirurgião dos eventos e entradas em seu diário, que foi apreendido durante uma busca em sua casa em 2017, depois que uma vizinha de seis anos o acusou de estupro.
Os diários detalhavam os nomes das vítimas, suas idades e até mesmo seus endereços residenciais, bem como o método de violência usado contra elas, muitas vezes sob o pretexto de tratamento médico.
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